Em junho de 2023, tivemos a oportunidade de jogar “Guardians of Holme”, ainda em versão de testes. Agora com o lançamento oficial 1.0.0, pudemos revisitar o jogo, e avaliar as adições que vem com este acontecimento.
Mas em primeiro lugar, para quem chegou agora, o que é “Guardians of Holme”? É um jogo que mistura dois estilos: tower-defense, uma variação dos jogos estratégicos, cujo objetivo é defender uma estrutura central contra ondas de inimigos, posicionando estruturas no meio do caminho; e roguelike, marcado principalmente pelos eventos aleatórios e pela perma-death – impossibilidade de retornar a um save anterior após ser derrotado, devendo recomeçar o jogo, ainda que guardando algumas das melhorias encontradas.
Embora a combinação destes dois já seja marcante, o jogo ainda acrescenta uma mecânica: construção de baralhos, de onde o jogador tira as estruturas, na forma de cartas na mão deste.
Apesar de parecer uma salada-mista, “Guardians of Holme” consegue combinar bem esses estilos e mecânicas, e acaba por ser um jogo original e divertido, o que o destaca em meio a inúmeros tower-defense que são apenas repetições uns dos outros.
Ocasionalmente o fato de ser roguelike, e ter que reiniciar quando se é derrotado, pode ser um pouco repetitivo, mas o jogo compensa com seus eventos aleatórios e a mecânica de construção de baralhos, que permite que cada partida seja diferente, levando o jogador a buscar estratégias novas se adaptando ao que tem à mão.
A possibilidade de escolher os personagens, e estes possuírem formas de jogo completamente diferentes também ajuda: Seth, trabalha com armadilhas mecânicas mais tradicionais, cujo dano é mais direcionado; Nicole, com armadilhas mágicas, que facilitam alterar os status dos inimigos e ao dano de área; e por fim Horus que foi introduzido nesta última versão, especializado em estruturas que posicionam pessoal, na forma de soldados, magos, valquírias etc., os quais confrontam diretamente os inimigos que passam.
Além de um novo personagem, duas novas armadilhas foram introduzidas, além de melhoras de balanceamento baseadas no feedback dos jogadores, algo que é pouco visto fora de estúdios indie, exceto por jogos competitivos.
Por fim, se “Guardians of Holme” já era um jogo interessante antes, agora em sua versão 1.0.0 está ainda melhor, e é recomendado não só para os fãs de tower-defense, mas também para quem gosta de uma jogatina diferenciada dos padrões.
por Ícaro Marques – especial para A Toupeira