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Direto da Toca: Visitamos a Exposição “O Estranho Mundo de Jack de Tim Burton – Caminho de Luzes”

Que é isso? Que é isso? Mil luzes a piscar! Que é isso? Floquinhos pelo ar!

Há 32 anos, fomos apresentados a Jack Skellington, morador da “Cidade do Halloween” que, cansado de sua rotina, abre um portal para a “Cidade do Natal”. É lá que descobre a tradicional magia da data e resolve – de um jeito pouco convencional – levá-la para seu próprio mundo.

Idealizado a partir de um poema de Tim Burton – produtor da versão cinematográfica – “O Estranho Mundo de Jack” (que tem Henry Selick à frente da direção) tornou-se um marco na história das produções em stop-motion.

O longa alcançou o status de clássico absoluto quando pensamos em filmes cuja repetição anual – seja no Dia das Bruxas ou na chegada do Bom Velhinho – é algo natural para a legião de fãs que tem pelo mundo.

Todo mundo assim, vai até o fim na cidade do Halloween!

A partir de hoje, 15 de maio, os admiradores da obra terão a chance de sentir como se fizessem parte dela. A Exposição “O Estranho Mundo de Jack de Tim Burton – Caminho de Luzes” é um convite a adentrar o universo repleto de elementos inconfundíveis de Tim Burton.

Desde a entrada do evento, é fácil deixar-se levar pelo clima. Deixamos de estar no Jardim Botânico de São Paulo para, de fato, ter a sensação de visitarmos a Cidade do Halloween. Tudo graças a uma maravilhosa cenografia que conta com recursos que aumentam a imersão do público.

São diversas projeções que vão do chão às copas das árvores, muita fumaça e bolhinhas de sabão. Além, é claro, de recriações dos personagens da animação em belíssimas esculturas que, em sua maioria, contam com uma plataforma específica para que os visitantes possam posar a seu lado nas fotos.

Escutem todos! Eu quero lhes contar sobre a cidade do Natal… São objetos tão estranhos que mal dá para acreditar! Um milhão de luzinhas a piscar!

Todas as emblemáticas figuras de “O Estranho Mundo de Jack” estão representadas na exposição. O protagonista ganha destaque tendo diferentes versões pelo caminho, assim como a adorável Sally, que também pode ser vista em mais de uma oportunidade.

Mas, é claro que há espaço para os demais componentes da trama, como o querido cãozinho fantasma, Zero; o Prefeito da Cidade do Halloween – este com efeitos visuais e sonoros -; o lunático Dr. Finklestein; o icônico Papai Noel (ou seria “Cruel”?); e as crianças Tranca, Choque e Rapa (impossível não se pegar cantarolando “Pega o Papai Cruel, deixa ele gritar! Tranca lá nos fundos que não dá pra escutar!”).

Um dos espaços mais impactantes é o que comporta o Bicho – Papão / Monstro Verde, que conta com uma escultura imensa do personagem, dando a real dimensão de como seria encontrá-lo pessoalmente.

Coadjuvantes menores – como o vampiro, o palhaço e uma criatura aquática – também marcam presença. Fica ainda o destaque para três instalações: O portal em forma de abóbora, o caminho por dentro do cemitério e uma chamativa teia de aranha, cuja iluminação simula o movimento dos aracnídeos.

Ei, crianças, venham ver! Algo estranho vai acontecer… E quem nos acompanhar, com certeza vai se assustar! É o Halloween, é o Halloween!

Estivemos na exposição na noite de ontem, antes da abertura oficial para o público. E foi lindo notar como um grupo formado somente por adultos deixou-se levar pelo encantamento proposto pela ação.

Os sorrisos em cada registro fotográfico, a disposição em recriar poses clássicas, a satisfação em ver de perto figuras que fazem parte de nosso imaginário há mais de três décadas. Tudo funciona de maneira sublime e natural.

A temporada paulista de “O Estranho Mundo de Jack de Tim Burton – Caminho de Luzes” vai até o fim de junho e é, sem dúvida, um dos eventos mais bonitos e interessantes do ano. Um deleite para os fãs e uma ótima oportunidade para quem ainda não conhece a animação original.

Imperdível.

Crédito das fotos: Clóvis Furlanetto.

por Angela Debellis

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