“Ela e Eu”, segundo longa-metragem de ficção de Gustavo Rosa de Moura, protagonizado por Andrea Beltrão, acaba de ganhar trailer e cartaz oficiais e chega nos cinemas dia 21 de julho.
O filme estreou no 54º Festival de Brasília, em 2021, e recebeu três prêmios: melhor atriz (Andrea Beltrão), melhor ator (Eduardo Moscovis) e melhor roteiro (Gustavo Rosa de Moura, Andrea Beltrão e Leonardo Levis).
Participou ainda do Festival do Rio (hors-concours) e do 1º Festival de Vassouras, onde ganhou 5 prêmios: melhor som (Confraria de Sons & Charutos e Lars Halvorsen), melhor ator (Eduardo Moscovis), melhor atriz coadjuvante (Mariana Lima), melhor roteiro (Gustavo Rosa de Moura, Andrea Beltrão e Leonardo Levis) e melhor filme.
O longa conta a história de Bia (Andrea), ex-roqueira que desperta após 20 anos em coma. Esse acontecimento extraordinário provoca uma mudança radical não só na vida dela, mas na de toda sua família. Sua filha, Carol (Lara Tremouroux), já é adulta, e seu ex-marido, Carlos (Eduardo Moscovis) está casado com Renata (Mariana Lima). Acostumados com a rotina de cuidados com Bia em home care, todos terão de reaprender a conviver.
Nas palavras do diretor, “‘Ela e Eu’ é um filme sobre como a gente faz para se adaptar diante de eventos inesperados e raros. O fato da Bia entrar em coma e depois despertar é algo completamente impossível de ser antecipado e afeta não só a vida dela mas também a de todos que estão ao seu redor. Quando acontecem coisas assim – ou uma pandemia, um desastre natural –, a gente percebe que não tem controle sobre o que a vida nos apresenta, sobre o nosso futuro, sobre os nossos planos mais profundos”.
A condição física de Bia é apenas o ponto de partida para falar sobre as relações afetivas, os sentidos humanos e o sentido das coisas. Com uma visão poética, o longa explora temas como a dificuldade de estar no mundo, de se relacionar, e a necessidade que temos de nos reinventar ao longo da vida. Aos poucos, a personagem revive várias “primeiras vezes” – falar, andar, tomar banho de mar – e redescobre os pequenos prazeres.
“Achei o argumento muito interessante, a história de uma bela adormecida nos tempos de hoje. Como seria essa pessoa surgir depois de 20 anos, do nada. Como é o mundo dessa pessoa, como é essa pessoa no mundo. Eu me interessei em falar dos nossos limites, das nossas dificuldades extremas, de nossas deficiências físicas, mentais ou afetivas”, comenta Andrea Beltrão.
A obra teve um processo colaborativo intenso para elaboração do roteiro, que contou com engajamento do quarteto principal de atores: Andrea Beltrão, Du Moscovis, Mariana Lima e Luiza Arraes (que depois, por questão de agenda, não pôde participar. O papel da Carol ficou com Lara Tremouroux).
Diretor e atores se encontraram diversas vezes para debater cenas, personagens e o rumo da história, até chegarem ao roteiro final. E mesmo durante as filmagens ajustaram algumas cenas na hora de rodar. O elenco também reúne Karine Teles, que interpreta Sandra, a cuidadora de Bia, e Jessica Ellen, no papel de Giovanna, namorada de Carol.
Rodado no Rio de Janeiro, o longa é uma produção da Mira Filmes, em coprodução com 20Th Century Fox e a Querosene Filmes.
Sinopse:
Há 20 anos, a roqueira Bia entrou em coma no momento do nascimento de sua filha. Mas isso não impediu que por todo esse tempo ela tenha feito parte do dia-a-dia da família, mesmo que desacordada. Um dia, no entanto, Bia subitamente acorda.
E, enquanto reaprende a enxergar, a falar, a andar e a se relacionar, sua filha adulta, seu ex-marido e a atual mulher dele tentam absorver o impacto da presença viva daquela pessoa tão adorável quanto desajustada.
da Redação A Toupeira