Em outubro, a escritora japonesa Yoko Tawada vem ao Brasil para lançar Memórias de um urso-polar, uma surpreendente fábula sobre três gerações de ursos-polares.
Radicada na Alemanha, e escrevendo nos dois idiomas, Tawada realizará sessões de autógrafos com bate-papo nas cidades de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Os eventos são promovidos pela editora Todavia e pela Fundação Japão, com apoio do Goethe-Institut Porto Alegre.
Programação
São Paulo
10/10 (quinta-feira), às 19h30: bate-papo da autora com a jornalista e curadora Ana Carolina Ralston
Local: CCSP- Sala Adoniran Barbosa – R. Vergueiro, 1000, Paraíso.
Entrada gratuita – retirada de senhas a partir das 18h30
12/10 (sábado), às 14h30: encontro literário da autora com estudantes da USP, mediado pela prof. Neide Hissae Nagae (USP)
Local: Biblioteca da Fundação Japão – Av. Paulista, 52 – 3º andar – Bela Vista.
Entrada gratuita (vagas limitadas) – inscrições de ouvintes pelo email: info@fjsp.org.br
Porto Alegre
15/10 (terça-feira), às 10h30: “Yoko Tawada: escritora entre duas culturas. Questões de escrita e tradução”. Bate-papo da escritora com Gerson Neumann, tradutor de Memórias de um urso-polar
Local: Instituto de Letras da UFRGS – Campus do Vale – Av. Bento Gonçalves, 9500 – Agronomia.
Entrada gratuita.
16/10 (quarta-feira), às 19h: bate-papo da autora com os tradutores e pesquisadores Gerson Neumann e Lúcia Collischonn de Abreu, com performance da pianista Olinda Alessandrini
Local: Goethe-Institut de Porto Alegre – R. 24 de Outubro, 112, Independência.
Entrada gratuita – distribuição de senhas a partir das 18h
Rio de Janeiro
17/10 (quinta-feira), às 19h: bate-papo da autora com o jornalista Roberto Kaz
Local: Livraria da Travessa Ipanema – R. Visconde de Pirajá, 572, Ipanema.
Entrada gratuita
18/10 (sexta-feira), às 10h30: encontro da autora com alunos da UERJ, mediado pela prof. Satomi Kitahara (UERJ)
Local: Instituto de Letras UERJ – Campus Maracanã – R. São Francisco Xavier, 524, Maracanã.
Entrada gratuita – inscrições pelo email: japones.uerj@gmail.com
Sobre o livro
Em 2006, um urso-polar bebê chamado Knut foi rejeitado por sua mãe e criado por um tratador do zoológico de Berlim, na Alemanha — tudo isso sob os holofotes vorazes da mídia global. Aturdidos, os fãs do pequeno animal se perguntavam como um ser tão fofo poderia ter sido motivo de desdém materno.
Entre tantas pessoas perplexas com o desenrolar da história estava Yoko Tawada, uma escritora japonesa radicada naquele país desde 1982. Sua reação ao aparente desamparo de Knut originou o romance Memórias de um urso-polar, uma história sutil, engraçada e estranhamente emocionante sobre os laços que unem e separam tanto seres humanos quanto animais.
Atualizando as fábulas de Esopo e La Fontaine, cujos personagens animais eram loquazes e enfáticos, Tawada dá voz primeiro à avó de Knut, nascida na extinta União Soviética e que, depois de escrever um volume de memórias que se converte em best-seller, se exila no Canadá.
Sua filha, Toska, uma dançarina circense, instala-se em outro país, hoje desaparecido, a Alemanha Oriental, onde mantém um relacionamento muito próximo com a treinadora Ursula. E Knut, o neto, nasce no zoológico de Berlim, tornando-se uma estrela midiática (embora nem tudo seja tão maravilhoso quanto parece).
E são essas três gerações de escritores e artistas de talento, estrelas no mundo literário, no circo e no zoológico, que apresentam estas Memórias de um urso-polar, um dos livros mais inventivos e tocantes dos últimos anos.
Uma história que, embora protagonizada por animais dotados de patas e garras afiadas, revela como nós, humanos, nos comunicamos com nossos próprios sentimentos em meio aos eventos da história do século XX. Um romance que é tão estranho quanto encantador, tão envolvente quanto iluminado pela inteligência penetrante e peculiar de Yoko Tawada.
Sobre a autora
Yoko Tawada nasceu em Tóquio, em 1960, mudou-se para Hamburgo aos 22 anos e vive em Berlim desde 2006. Escrevendo em japonês e alemão, publicou diversos livros — romances, poemas, peças teatrais e ensaios. Recebeu prêmios importantes, como o Prêmio Akutagawa, o Prêmio Adelbert von Chamisso, o Prêmio Tanizaki, o Prêmio Kleist e a Medalha Goethe.
da Redação A Toupeira