Com uma história atemporal, chega aos palcos brasileiros a mais recente adaptação do grande sucesso da Broadway, “Jesus Cristo Superstar”, originalmente concebida na década de 1970.
Parte da Imprensa pôde assistir a três atos distintos, na manhã desta segunda-feira, 10 de março. Negra Li que dá vida a Maria Madalena e dá um show em seu solo de “I don’t know how to love him”. Jesus, ou melhor, Igor Rickli, mostra a que veio com a interpretação de “Gethsemane”. Para fechar, o Judas Iscariotes de Alírio Netto nos brinda com a canção que fica na cabeça, mesmo após seu término: “Superstar”.
Durante a Coletiva com o elenco, descobrimos que a montagem chega com uma proposta mais “pesada”, visando mesclar rock n’roll e ópera de maneira mais visceral, em sobreposição ao roteiro inglês que contava com pitadas de gospel, blues e jazz, segundo a Diretora Musical, Vânia Pajares.
Jorge Takla está à frente da direção, e de maneira muito bem humorada falou sobre as expectativas em relação ao novo trabalho, da facilidade/dificuldade que foi aceitar um elenco escolhido pelos criadores da versão original, Andrew Lloyd e Tim Rice, que direto de Londres deram a palavra final na definição dos atores.
O trio de protagonistas se mostrou bastante confiante, apesar das inúmeras e óbvias polêmicas que o enredo vai causar. Igor Rickli afirmou sempre ter tido bastante simpatia pela figura de Jesus e pareceu disposto a encarar a responsabilidade de viver o papel daquele que, segundo ele, é um homem que veio para ensinar e espalhar o amor entre as pessoas.
Negra Li aceitou o desafio de encarnar uma personagem cujo estilo de canto difere do seu usual, o que a faz projetar para o futuro, a continuidade de seus estudos nessa área, ampliando ainda mais seu conhecimento quando o assunto é usar sua voz de maneira competente.
Depois de ter interpretado Jesus em uma adaptação desta peça no México, há 12 anos, Alírio Netto literalmente muda de lado e agora é o rosto do indefectível Judas. Para isso, conta com um estilo único, regado a peças de couro, motos potentes e muito rock pesado na veia.
Entre os presentes, tanto os que não viram o filme de 1973 (grupo no qual me incluo) quanto os que já o tem em sua coleção, no geral saíram satisfeitos com o que foi apresentado, proporcionando várias salvas de empolgadas palmas durante a Coletiva – o que é sempre um bom sinal e uma mostra de respeito para com o trabalho de profissionais aparentemente tão empenhados em fazer o seu melhor.
A curiosidade do público em ver a íntegra desta complexa produção, poderá ser sanada a partir de 14 de março, quando se inicia a temporada paulista do espetáculo.
Crédito das fotos: Angela Debellis.
Serviço:
Jesus Cristo Superstar
De 14 de março a 08 de junho. Quintas e sextas às 21h. Sábados às 17h e 21h. Domingos às 18h
Teatro do Complexo Ohtake Cultural
Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros. São Paulo/SP
Ingressos:
Valores para sessões às quintas e sextas: Plateia Premium: R$ 220,00 / Plateia Inferior: R$ 180,00 / Plateia Superior A: R$ 100,00 Plateia Superior B: R$ 50,00
Valores para sessões aos sábados e domingos: Plateia Premium: R$ 230,00 / Plateia Inferior: R$ 190,00 / Plateia Superior A: R$ 110,00 / Plateia Superior B: R$ 50,00
Pontos de venda:
Bilheteria do Complexo Othake Cultural: Diariamente, das 12h às 20h (em dias de espetáculo, a bilheteria funciona até o início da apresentação)
www.ticketsforfun.com.br (entrega em domicílio, taxas de conveniência e entrega)
Central Tickets For Fun: por telefone, entrega em domicílio (taxas de conveniência e entrega) – (11) 4003-5588 (válido para todo o país). De segunda a sábado, das 9h às 21h
Duração: 130 minutos em dois atos (com intervalo de 15minutos)
Classificação Etária: 12 anos
Capacidade: 627 lugares
Estacionamento com manobrista: R$25,00
por Angela Debellis