Com o avanço da pandemia de COVID-19 (causada pelo Coronavírus), a economia global foi severamente afetada. Entre os que tiveram sua renda mais comprometida, estão os artesãos autônomos que dependem de eventos sazonais – em sua maioria esmagadora cancelados e /ou adiados por seus realizadores – para efetuar boa parte de suas vendas.
É para ajudar na visibilidade de seus trabalhos que nós do A Toupeira e nossos companheiros de trabalho do site CFNotícias começamos a série especial: “Iniciativa: Artesanato”. Neste primeiro capítulo, vamos falar sobre Claudia Haynal, fundadora da marca Negro Gato.
O amor pelo artesanato começou aos oito anos, quando Claudia fazia as coisas para acompanhar sua mãe, também artesã. O que começou como um hobby ganhou ares de profissional em 1990, quando o país sofreu com uma onda generalizada de desempregos devido ao chamado “Plano Collor”. Nesse período, ela que já gostava de fazer tricô, fez suéteres super elaborados para venda.
O ano de 1991 foi o início de uma carreira acadêmica de quase 20 anos, na área de Design, mas o artesanato permaneceu como um importante complemento de renda e válvula de escape criativa. Em 2011, desencantada com o trabalho de professora e devido a todas as dificuldades enfrentadas no percurso, Cláudia transformou seu “Plano B” em meta de vida, e assim tem sido até agora.
Os produtos criados por ela começaram a ser oferecidos ao grande público com mais regularidade. Eventos, feiras de rua, bazares eram os locais para venda desde bijuterias em couro e pedras (com apelo mais esotérico), passando por roupas de bebê mais “descoladas” e nerds, até descobrir há seis anos, a técnica japonesa do “Amigurumi” (Bonecos de crochê) e suas possibilidades.
Apesar de ser de forma bastante inesperada, a temática medieval e geek entrou de vez na vida da artesã e tomou todo o espaço, afinal, ela mesma se classifica como nerd. A participação frequente em eventos mais imersivos e específicos, levou à criação e confecção de acessórios e personagens diversos.
Com tanto tempo de prática, hoje Claudia alia seus conhecimentos e técnicas adquiridas em seu tempo no ramo acadêmico com as técnicas de confecção do tricô, crochê, entre muitas outras, e desenvolve um trabalho de “escultura” dos pet amados dos clientes que buscam eternizar seus animais de estimação de qualquer espécie: desde periquitos, porquinhos de Índia, coelhos, e é claro, cães e gatos.
“Deixei a carreira docente com a intenção de ser feliz, mas estou descobrindo que posso ser mais útil realizada, fazendo os outros mais felizes”, declara Claudia.
A venda física dos produtos confeccionados por ela é feita junto a bares parceiros e em eventos temáticos. Também é possível adquiri-los online, através das redes sociais da artesã:
Facebook: https://www.facebook.com/NegroGato.8/
Instagram: https://www.instagram.com/negrogato_claudiahaynal/
Lembrando que ninguém solta o fiozinho de lã de ninguém!
Crédito das fotos: Claudia Haynal / Divulgação.
por Angela Debellis