Se a 89ª Cerimônia do Oscar teve coisas interessantes (confira aqui), também deve carregar o fardo de ser lembrada como o evento em que, pela primeira vez cometeu-se um erro grave ao anunciar de maneira errônea o principal vencedor da noite.
Saiba o que teve de pior na premiação:
- O tom político “agressivo” / exagerado: eu não conheço / acompanho o trabalho do apresentador Jimmy Kimmel, mas tive a impressão de que suas “diretas” ao presidente Donald Trump foram demasiadas. Com inúmeras e óbvias manifestações por parte dos presentes (sob a forma de discursos inflamados, frases soltas no meio das declarações ou mesmo alguma lembrança visual em seus figurinos) ocorrendo durante toda a cerimônia, o excesso de tiradas de cunho político de Jimmy pareceu forçado no final das contas. Há de se destacar algumas boas tiradas, mas no geral, Chris Rock foi mais feliz em sua participação no ano passado.
- O erro do painel “In Memoriam”: Após uma curta apresentação da atriz Jennifer Aniston, a cantora Sara Bareilles interpretou a canção “Both sides now” de Joni Mitchell, no momento mais sensível do evento, quando nomes da indústria cinematográfica que faleceram em 2016 recebem homenagem através de um painel. Carrie Fisher, Debbie Reynolds, Prince, o brasileiro Hector Babenco, entre outros, foram lembrados. O problema foi colocar o nome e a função de uma profissional (Janet Patterson – figurinista) que faleceu, junto ao rosto de uma colega de trabalho que permanece viva, Jan Chapman.
- O erro no anúncio de Melhor Filme: Os veteranos atores Warren Beatty e Faye Dunaway foram os escolhidos para anunciar o prêmio mais esperado da noite, que revelaria ao mundo o Melhor Filme na opinião da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Após uma grande e visível hesitação, o ator anunciou “La La Land – Cantando Estações” como vencedor. Quando a equipe responsável pela produção já estava em meio aos agradecimentos no palco, foi revelado que houve um terrível e inesperado equívoco com os envelopes e que o ganhador real era “Moonlight – Sob a Luz do Luar”, naquela que foi, em 89 anos de premiação, provavelmente, a maior saia-justa já vivida pelos profissionais envolvidos.
por Lara McCoy