É comum que a inveja seja associada a características negativas. Basta relembrar como o sentimento já foi representado pela indústria do entretenimento.
Na animação “Divertida Mente 2” – considerada o maior sucesso de bilheterias do século no Brasil pela Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex -, ela é retratada por uma pequena personagem, fazendo referência à inferioridade que a faz desejar qualidades, realizações e objetos de outra pessoa. Já na série “Once Upon A Time”, a personagem Zelena passou a ter a pele verde por conta da inveja.
Para a neurociência, a emoção pode trazer impactos negativos para a vida de uma pessoa por colocar em plena atividade uma região do cérebro chamada córtex cingulado anterior, associada à dor física, o que pode reduzir o bem-estar no longo prazo.
A conclusão foi evidenciada por uma pesquisa publicada na revista americana Social Science & Medicine, que destacou, ainda, que as pessoas analisadas que afirmaram sentir inveja apresentaram uma pior saúde mental comparada aos demais.
Estudiosos da psicologia, como Melanie Klein e Sigmund Freud, já falaram sobre a inveja em suas obras, afirmando que a emoção aparece cedo na vida das pessoas. Ainda na infância, é possível perceber os sinais.
Os estudos de astrologia também abordam a inveja. O planeta Mercúrio é quem pode trazer mais informações sobre essa emoção. Para a análise, é preciso avaliar o mapa astral de cada pessoa, documento que retrata a imagem do céu no momento do nascimento. Para obter um mapa astral grátis, basta acessar sites especializados e informar a data, cidade e horário do nascimento.
O que a psicologia e astrologia dizem sobre inveja
A inveja é definida como um desejo irrefreável de possuir ou gozar o que é de outra pessoa, ou ainda o desgosto provocado pela felicidade alheia, como informa o Dicionário Aurélio. Para o senso comum, ela é retratada como algo negativo, mas estudiosos explicam que ela pode acontecer de forma natural.
Em entrevista à imprensa, a psicóloga da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, Renata Bento, destaca que a sensação é como uma cegueira: um indivíduo passa a ver o outro e a si de formas distorcidas sem que perceba que está fazendo isso.
A astróloga e mestre do curso completo de astrologia, Cláudia Lisboa, explica que a inveja, apesar de acontecer de forma natural e ser humano, não é confessada por ninguém que a sente. Essa falta de confissão, principalmente para si mesmo, pode intensificar a sensação e causar impactos maiores.
Lidando com a inveja
A astróloga pontua que Mercúrio pode ser associado à inveja por conta de sua história na mitologia, que tem forte relação com trapaça, armação e mentira. Ela explica que é possível trabalhar com a inveja a partir da ideia de luz e sombra.
Do ponto de vista da astróloga, que trabalha com horóscopo, mapa de sinastria amorosa e outros aspectos, não existe signo ou planeta ruim, existe a luz e a sombra deles. A primeira, conhecida por muitos como os pontos positivos, pode ajudar a entender como sanar a segunda e, assim, alcançar o equilíbrio.
No caso de Mercúrio, Cláudia Lisboa destaca que se a sombra desse planeta está associada à inveja, a luz está relacionada à caridade.
“A caridade quer dizer amor. Mercúrio está associado a esse amor que partilha e que divide. Se vocês pensarem no elemento Mercúrio, veremos que ele separa, mas ele também une. Ele partilha e junta. Então, você pode se unir ao outro, partilhando o que é seu e tentar, também, partilhar o que é do outro com você. Assim, você neutraliza e ganha equilíbrio”, explica.
Em entrevista à imprensa, o diretor do Instituto Americano de Terapia Cognitiva, Robert Leahy, aconselha que a melhor forma de lidar com a inveja é admitindo para si mesmo que ela existe. O professor afirma que, a partir dessa sensação, é possível fazer uma autoanálise a fim de entender os próprios desejos e ambições.
Essa questão foi a conclusão de um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Chicago e publicado na revista Psychological Science. De acordo com os estudiosos, a inveja faz mal por afetar a autoestima, mas quando lidada da forma correta, pode trazer efeitos positivos. Segundo o estudo, colocar os sentimentos em ordem pode ser uma fórmula para regular as emoções negativas e chegar a conclusões que rendam bons frutos.
da Redação A Toupeira