Dirigido pelo espanhol J.A. Bayona, “Sete Minutos Depois da Meia-Noite” conta a história de Conor (Lewis MacDougall), um menino de doze anos de idade, que luta para lidar com a doença de sua mãe (Felicity Jones) com a ajuda de um monstro (Liam Neeson) que o visita no meio da noite. O longa, que estreia no Brasil no dia 22 de dezembro, tem ainda no elenco Sigourney Weaver, que interpreta a avó de Conor, e Toby Kebbel, como o pai do garoto.
Para a produção, não foi fácil encontrar um jovem ator para interpretar Conor. Mais de mil garotos fizeram o teste. No final do processo de seleção do elenco, Lewis MacDougall foi apresentado para a produção e escolhido. Como parte da estratégia de Bayona para o filme, Liam Neeson trabalhou muito com o garoto para que os dois atores pudessem ter o domínio de suas cenas juntos.
“Eu trabalhei com crianças que já estavam contaminadas pela indústria, tinham perdido aquela inocência típica da infância. Lewis tem isso intacto, ele ainda é uma verdadeira criança – mas também um promissor jovem ator. Ao final de cada cena ele sempre me dava um abraço e dizia: ‘obrigado’”, comenta Neeson que também afirma que Bayona conseguiu tirar o melhor dele sempre.
Para interpretar a mãe de Cornor, Felicity Jones decidiu visitar clínicas e oncologistas. Perucas e maquiagem foram aplicadas para dramatizar os efeitos físicos do agravamento do câncer. Além disso, a atriz perdeu peso para mostrar como a doença afeta o corpo.
“Lizzie é uma mulher vibrante e ativa que nunca deixou de amar a arte. Ela ama ser a mãe de Conor, embora não seja muito convencional. O que é o mais difícil tanto para ambos é admitir que ela vai morrer. Eu queria ser capaz de transmitir como a respiração de Lizzie muda e como seu corpo, aos poucos, vai ficando mais fraco e frágil. Quando li o roteiro, identifiquei algumas das mudanças físicas pelas quais ela passa, e isso se tornou vital para eu tentar mostrar essas alterações tão sutil e verdadeiramente quanto possível”, diz a atriz.
Como a avó assume um papel mais ativo na vida da filha e do neto, Felicity e Sigourney conversaram sobre as personagens e ensaiaram antes de começar o filme. “Sigourney e eu estávamos entusiasmadas para encontrar as nuances deste relacionamento peculiar entre mãe e filha. De várias maneiras, Lizzie é uma rebelde. Ela teve Conor muito jovem. É impulsiva, e isso dificulta o relacionamento com a sua mãe. Há alguns ruídos entre elas”, comenta Felicity.
Sigourney Weaver completa: “Cada um de nós, com nossos próprios processos, colocamos o nosso melhor em cada uma das cenas de família. Nós pesquisamos detalhes da doença e sobre o declínio gradual do corpo. Era muito importante para todos nós acertar para contar essa história com o máximo de verdade e de amor e de respeito, especialmente com aqueles que vão assistir ao filme e que passaram por experiências como essa com pessoas queridas”.
da Redação A Toupeira