Mais do que um espaço tecnológico, os ambientes inteligentes são parte de uma estratégia que busca a promoção de uma educação inovadora. Para se construir esse espaço, um dos primeiros passos é integrar a grade curricular da instituição de ensino à tecnologia com a qual ela está equipada. “Aplicar metodologias que favoreçam a dinâmica das escolas é tão importante quanto os investimentos em transformação digital”, aponta Oyanguren.
Outro diferencial é estar alinhado à ‘linguagem’ do aluno, oferecendo a ele uma abordagem que gere interesse e curiosidade e o torne protagonista do seu processo de conhecimento – independente da disciplina estudada.
Neste contexto, a metodologia STEAM [sigla que significa Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática em inglês] é um exemplo de uma prática simples que pode trazer ótimos resultados e tem aplicação fácil. Além dela, a gamificação do ensino e da aprendizagem é uma maneira de gerar estímulo e mesclar os mundos digital e analógico com a proposta lúdica de desafiar o estudante a avançar em seu progresso e recompensá-lo como em um jogo de videogame.
“Esse método consegue gerar maior engajamento dos alunos no aprendizado em geral, pois enquanto se divertem eles aprendem novos conceitos e desenvolvem maior afinidade com a tecnologia”, aponta o CEO do Educacional.
O executivo lembra, porém, que a instituição de ensino deve levar em conta o seu contexto geral para personalizar a educação de acordo com as demandas e com as limitações do local. É preciso também testar a aceitação dos alunos, dos responsáveis e em relação aos recursos aplicados e à transformação que está sendo realizada. “Toda mudança precisa do costume de seus envolvidos. É fundamental sempre considerar a opinião dos principais interessados em todo esse processo, para que se sintam parte da tomada de decisões”, diz ele.
Nessa trajetória de transformação dos ambientes é importante também que a transição para o uso de novas práticas, ferramentas e metodologias seja realizada de maneira progressiva e que estimule a integração.
“Os ambientes inteligentes não são apenas espaços exclusivamente tecnológicos. É importante oferecer meios para que a interação aconteça entre os estudantes e os docentes envolvidos” reforça Martin Oyanguren. Com isso, ambientes confortáveis, que favoreçam a criação e a criatividade, devem ser parte das estratégias educacionais.
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da Redação A Toupeira