Crítica: “Big Pai, Big Filho”

O público acostumado a produções de grandes estúdios americanos, que dominam o mercado das animações no cinema, terá a chance de conhecer outra proposta com a estreia do longa franco belga “Big Pai, Big Filho” (The Son of Big Foot).

A trama dirigida por Ben Stassen e Jeremy Degruson tem como um de seus protagonistas o simpático garotinho Adam, que após ser criado apenas por sua mãe Shelly, verá sua história ser virada de cabeça para baixo com a descoberta que seu pai – que ele acreditava estar morto há anos – não só permanece vivo, como é portador de um enorme segredo.

A tal figura misteriosa é o Pé Grande, personagem da famosa lenda que já rendeu tantas histórias na literatura mundial. Para preservar sua própria vida e as daqueles que ama – no caso a esposa e seu filho – teve que abandoná-los para refugiar-se no meio da mata, longe dos olhos de quem pretendia capturá-lo para servir de cobaia para experiências.

O vilão do filme surge na figura de Wallace Eastman, empresário inescrupuloso, dono empresa HairCo, que visa descobrir uma fórmula que dê um fim permanente à calvície. Para isso, realiza diversos experimentos e ignora qualquer limite de ética (o que significa que há a presença de animais em seu laboratório, inclusive um bisão com fios conectados por todo corpo, numa cena que me pareceu um tanto quanto forte para esse tipo de filme).

Encontrar o Pé Grande e usar seu DNA para criar a tal fórmula passa a ser uma obsessão para o administrador, que não medirá esforços para ter êxito em sua busca, mesmo que para isso precise, sem o menor remorso ou pudor, colocar vidas em risco.

A melhor parte da narrativa se dá durante as descobertas que Adam fará quando encontrar seu pai. Mais do que pés de tamanho maior ou cabelo que não se mantém curto por mais do que algumas horas, o jovem constatará ter outras peculiaridades incríveis como a capacidade de entender os animais, audição aguçada e até mesmo um tipo de poder curativo.

Como coadjuvantes fofos e interessantes, estão o casal de guaxinins Trapo e Tina, o urso Wilbor e o pica-pau Steve. Juntos lutarão pela preservação do local em que vivem e ajudarão pai e filho a se livrar da maldade e ganância que os impediu de conviverem juntos por tantos anos.

Apesar das inúmeras mudanças na mitologia original do Pé Grande, e de um roteiro bastante simples – e até mesmo previsível -, a produção cumpre bem o papel de entreter, com destaque para a boa trilha sonora e um visual bem chamativo. É provável que as crianças menores sintam-se mais motivadas a assisti-la, e este parece mesmo ser seu público alvo.

Vale conferir.

por Angela Debellis

Filed in: Cinema

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