Crítica: “Diário de um Banana: Caindo na Estrada”

Um dos grandes sucessos editoriais para o público infanto juvenil dos últimos tempos, a saga do garoto Greg Heffley continua gerando bons frutos, seja na forma de livros ou adaptações cinematográficas.

Dirigido por David Bowers, “Diário de um Banana: Caindo na Estrada” (Diary Of A Wimpy Kid: The Long Haul) é a quarta incursão da divertida família Heffley nos cinemas. O longa é baseado na obra homônima de Jeff Kinney, nono volume dos, até aqui, 11 títulos oficiais – fora os dois extras – já publicados.

A franquia, assim como todas que se baseiam em histórias que tem crianças / adolescentes como protagonistas, sofre com o mal da passagem de tempo. Enquanto nos livros é possível controlar o envelhecimento dos personagens, o mesmo não acontece na vida real, o que fez com que todo o elenco fosse modificado – afinal, entre o longa anterior, “Diário de um Banana: Dias de Cão” e este novo, há um hiato de cinco anos.

Na nova aventura, Greg (Jason Ian Drucker) se vê em meio a uma viagem com a família, para visitar a bisavó que faz aniversário. Mas, no meio do caminho, acontece de tudo – literalmente – para transformar o passeio em algo memorável (talvez não no melhor sentido da palavra!).

Susan (Alicia Silverstone) mantém a postura de ‘mãe exemplar’, procurando integração real, seja pela proibição do uso de celulares na estrada ou através da proposta de um jogo de cartas que se torna mais revelador do que o esperado. Já Frank (Tom Everett Scott) é o pai que tenta estar em harmonia com todos, ficando naquele ponto em que ainda é possível abrir mão de várias coisas em prol do bem da maioria – exceção feita para o trabalho no escritório, que continua ativo através de reuniões via telefone.

Junte a isso o filho mais velho, Rodrick (Charlie Wright), a quem o passar dos anos não parece privilegiar a inteligência e o caçula Manny (interpretado pelos gêmeos Dylan e Wyatt Walters), que, apesar da pouca idade, será importante para a solução de um dos arcos principais da história.

Até chegar ao destino, muitos fatos improváveis dão o tom à viagem: de um desvio na rota para que Greg e Rodrick participem de uma Convenção de Games à entrada de um simpático porquinho na trama, da estadia em hotéis de qualidade duvidosa à involuntária criação de um meme. A jornada jornada da família é, no mínimo, inusitada.

Como visto na grande maioria das transições de livros para as telas, várias passagens foram modificadas, outras nem mesmo inseridas no roteiro, mas tanto quem conhece a obra original, quanto quem só acompanha os filmes, deve ser divertir com o resultado final.

Vale conferir.

por Angela Debellis

Filed in: Cinema

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