Crítica: “Pokémon, o Filme: Eu escolho você!”

Há 20 anos, uma das mais aclamadas franquias da cultura pop mundial foi apresentada ao público. É seguro dizer que à época, boa parte das pessoas manifestou interesse em saber mais sobre certos monstrinhos de bolso, que tinham habilidades e poderes específicos para encarar diversas batalhas.

Para comemorar as duas décadas de seu lançamento, o vigésimo título da franquia será exibido por dois dias – 05 e 06 de novembro – nas telonas (Para mais informações, confira a programação nos sites das principais redes de cinema). “Pokémon, o Filme: Eu escolho você!” (Pokémon the Movie: I Choose You!) chega com a proposta de encantar a legião de fãs já formada e ser um guia para que novas gerações possam entender a magia que envolve a história dos icônicos personagens.

Na trama, o jovem Ash Ketchum é um garoto que acabou de completar 10 anos e, sendo assim, está apto a começar seu treinamento para se tornar um treinador de Pokémon. Por razões que só o destino – e a perda no horário de chegada para a escolha de seu monstrinho – explicam, o garoto terá como companheiro Pikachu, um Pokémon do tipo elétrico que não gosta de entrar em sua pokébola, insistindo em acompanhar as aventuras sempre ao lado de fora.

A partir desse primeiro contato, veremos a dupla iniciar uma jornada de aprendizado e autoconhecimento. Ash perceberá que além de adquirir sabedoria sobre o universo exótico que o rodeia de maneira natural (é incrível ver como a interação entre os humanos e os Pokémon acontece de forma tão fluída), terá também que descobrir a si mesmo.

O longa é visualmente impecável e a opção pela manutenção do 2D foi apropriada. Mesmo sem a suposta imersão que a tecnologia 3D poderia supostamente oferecer, é fácil sentir-se dentro das batalhas e até mesmo fazendo parte da comitiva de Ash, que agora conta com dois novos personagens: Vera e Sérgio (aos fãs de longa data, que queriam ver a dupla original, Misty e Brock em ação, fica a dica: vale dar uma chance aos novos coadjuvantes). Também há de se destacar a aparição de vários pokémons clássicos, além de outros de gerações mais atuais.

A simplicidade do roteiro, que mostra Ash e companhia em busca do lendário e poderoso Ho-Oh, consegue o feito de parecer interessante tanto para quem procura apenas por uma diversão de qualidade, quanto para quem conseguirá enxergar a profundidade que ele carrega. Sequências fundamentais como as que mostram Charmander evoluindo e até mesmo o discurso do protagonista na partida de Butterfree conseguem imprimir à produção a dose certa de emoção.

Sem contar que, se pode parecer piegas para alguns, a ideia de que o poder da amizade é o que faz a vida ter sentido, conduz a narrativa por um caminho inteligente e eficaz. E ao mostrar que, antes de lutar contra qualquer inimigo externo, Ash terá que aprender a domar a si próprio e sua incapacidade em aceitar as inevitáveis derrotas que acontecerão em sua trajetória, a produção acerta mais uma vez.

Temos que assisti-lo, isso eu sei…

por Angela Debellis

 

Filed in: Cinema

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