Crítica: “Velozes e Furiosos 8”

Chega aos cinemas brasileiros o oitavo filme da franquia Velozes e Furiosos (Furious). Com Vin Diesel e grande elenco, é possível dizer que o novo capítulo, “Velozes e Furiosos 8” (The Fate of the Furious), reserva muitas surpresas ao espectador.

No longa dirigido por F. Gary Gray, Dominic Toretto (Vin Diesel) está em lua de mel com sua companheira de vida Letty (Michele Rodriguez). Tudo está indo muito bem quando Cipher (Charlize Theron), o chantageia e o obriga a fazer coisas que vão além de seus princípios – inclusive se voltar contra a própria família.

A proposta de fazer do protagonista o vilão da história é interessante, e ao mesmo tempo desafiador. Foi a primeira chance de três – já está confirmado que Velozes e Furiosos chegará ao 10º filme –, para mostrar que ainda é viável continuar, mesmo com a ausência de Paul Walker (morto em 2013), mas é praticamente impossível não sentir falta de seu personagem, Brian O’Conner, durante os 136 minutos. Os produtores encontraram uma forma sutil para justificar sua ausência.

Também vale destacar que personagens de produções anteriores, com representatividade menor, e até mesmo vilões, voltam à cena e se destacam pelo cooperativismo. Acho que é a única produção que consegue unir anti-heróis e seus algozes para lutarem contra um ‘mal’ maior que todos eles.

É incontestável que a franquia perdeu o brilho de suas primeiras obras. Passou de um filme que envolvia rachas pegados, dinheiro e liberdade realista, para uma produção que busca se reinventar por meio de sequências que fazem o público questionar o quão próximo da realidade determinadas situações podem, de fato, acontecer. Por essas e outras que boa parte dos fãs suplica pelo seu fim.

A novidade é a participação de Charlize Theron como a vilã Cipher. É impressionante como ela dá vida a essa mulher tão cruel, ao mesmo tempo é perceptível a consistência e expressividade da personagem. Diferente de outros momentos da trama, o oitavo episódio permite que figuras femininas marcadas por suas personalidades fortes possam chegar ao seu máximo e mostrar que são tão necessárias quanto arrasadoras em direção, tecnologia e, claro, corrida.

Ficou curioso para assistir e amar, ou detestar, “Velozes e Furiosos 8”? Vá ao cinema ao cinema mais próximo e confira a produção, mas um adendo: mantenha os limites de velocidade.

por Fernanda Ravagi – especial para A Toupeira

Filed in: Cinema

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