Aconteceu na tarde de hoje, 02 de agosto, a Coletiva de Imprensa de “O Palestrante”, nova comédia nacional distribuída pela Elo Company, que chega aos cinemas na próxima quinta-feira, 04 de agosto.
O evento iniciado logo após a exibição do filme para os jornalistas contou com a presença de boa parte do elenco: Fábio Porchat, Dani Calabresa, Miá Mello, Paulo Vieira, Antônio Tabet, Maria Clara Gueiros, Rodrigo Pandolfo e Letícia Lima.
Entre as várias perguntas respondidas, algumas unanimidades: a satisfação em finalmente ver a produção estrear, após mais de quatro anos de suas filmagens (que aconteceram em Janeiro de 2018); o privilégio que foi conseguir formar um time desse calibre, com profissionais cujos nomes são referências no mercado e o quão divertido foi o período de gravação (que envolveu a hospedagem do elenco por duas semanas em um hotel na região carioca de Itaipava).
Um dos roteiristas do longa, ao lado de Cláudia Jouvin, Fábio Porchat – que também dá vida ao tal palestrante do título – afirmou que, desde o princípio, a intenção foi ter um elenco formado por comediantes que realmente soubessem fazer as piadas propostas no texto, que pegassem o conteúdo e o enriquecessem com sua bagagem prévia no gênero comédia – coisa quem nem sempre acontece com eficácia, quando se escalam figuras em destaque momentâneo na mídia – como influencers, cujo maior e suposto atrativo são números de seguidores em redes sociais.
Porchat ainda contou que buscou gerar algo com um resultado engraçado, mas que também fosse sólido, que não tivesse apenas piadas soltas e que pudessem nem mesmo fazer sentido com o restante visto em tela – ainda que, conforme respondeu ao questionamento do A Toupeira, vários improvisos tenham sido aprovados como elementos enriquecedores da trama.
Com o enorme adiamento na estreia (em parte causado pela Pandemia de Covid 19), o ator confessou estar aliviado ao perceber que, não pendendo para o lado da polêmica em nenhum momento, “O Palestrante” conseguiu se manter atual e passível de ser visto por todo tipo de público.
Dani Calabresa contou que há tempos gostaria de trabalhar com Porchat, de quem é amiga há muitos anos e que aceitou interpretar um papel que difere de outros anteriores, porque, além de ser um desafio profissional, é grande fã de comédias românticas. E pareceu muito segura ao afirmar que, por ser muito emotiva, acaba tendo como meta de vida fazer o que a deixa feliz, já que não é alguém com grandes ambições financeiras – o que poderia prendê-la a contratos rentáveis, mas pouco satisfatórios.
Assim como Fábio Porchat, Antônio Tabet também falou sobre a incessante censura à comédia (não só no Brasil) e o quanto isso impacta a criação de material original do gênero. Integrante do famoso grupo “Porta dos Fundos”, várias vezes duramente criticado pelo humor considerado ofensivo pelos mais diversos grupos, o ator disse não se abalar com tais comentários e confirmou a pegada cômica de “O Palestrante”, que foge desse caminho visto por muitos como “problemático” para abraçar o humor que diverte sem polemizar.
Paulo Vieira fez os jornalistas rirem ao contar sua preparação para o filme, o que envolveu inscrever-se em uma dinâmica real de um profissional intitulado “coach das celebridades”, E assim como Miá Melo – que estava radiante com a recepção do público na pré-estreia carioca e os agradecimentos pelos momentos de necessária diversão proporcionados pela comédia -, exaltou o trabalho do veterano Otávio Muller (com quem divide a tela em uma das cenas mais divertidas).
Maria Clara Gueiros, eleita pelos demais colegas como uma boa conselheira, relembrou cenas de bastidores – envolvendo um engasgo com remédios – e o quanto houve de imediato entrosamento entre ela e Tabet, desde a primeira sequência que rodaram em dupla (justamente, a que mostra o encontro de seus personagens em tela).
Bastante sincero, Rodrigo Pandolfo confessou ter pensado em desistir da carreira de ator em dado momento, mas que agora procura convencer a sim mesmo de que seu “mais ou menos” é mais do que suficiente, visando minimizar uma cobrança pessoal exagerada. E se emocionou ao falar sobre o comediante Paulo Gustavo, com quem trabalhou na trilogia “Minha Mãe é uma Peça”.
Letícia Lima – que tem uma rápida participação especial, logo no começo da história – divertiu-se ao dizer que gostou de representar uma personagem, em suas palavras, “megera” e revelou que uma das cenas que fez com Porchat (envolvendo certos “brinquedos”) acabou ficando de fora do corte final.
Assim como os personagens que interpretam, a sintonia do elenco foi algo muito visível desde que subiram ao palco para a Coletiva. E isso, com toda certeza, é um diferencial e tanto para o êxito de um projeto.
Nossa Crítica Completa, você lê na data de estreia, 04 de agosto.
Crédito da foto: Angela Debellis.
por Angela Debellis
