Crítica: “Cinquenta Tons de Liberdade”

Muitos filmes possuem uma capacidade de mexer com nossos sentimentos, cada qual de uma maneira diferente. Tristeza, felicidade, raiva e tantos outros são expostos na grande tela do cinema. Parece irônico, mas poucos conseguem de fato transportar para a película animada, um dos sentimentos mais complexos, considerado tabu para muitos: o desejo sexual.

Desde a estreia de “Cinquenta Tons de Cinza” em 2015 (a obra que deu origem ao longa foi lançada em 2011), a franquia vem tomando holofotes para si no cinema neste quesito. Chega então, “Cinquenta Tons de Liberdade” (Fifty Shades Freed), o capítulo final desta trilogia, baseado no livro de mesmo nome, da autora E. L. James., com roteiro de Niall Leonard.

Concluindo os eventos vistos em “Cinquenta Tons Mais Escuros”, dessa vez temos Christian Grey (Jamie Dornan) e Anastasia Steele (Dakota Johnson) muito mais desenvolvidos e prontos para um relacionamento sério e duradouro, afinal, um casamento representa muito mais do que apenas a responsabilidade matrimonial, mas também toda uma cadeia complexa de situações boas e ruins.

Dirigido por James Foley, o clímax da história do casal é muito mais profundo do que a mera exibição de cenas de sexo e gemidos. São trazidas dificuldades cotidianas enfrentadas não só pelo par fictício, mas que podem ser comparadas ao nosso mundo real. Claro, não temos aqui Lamborghinis e altos cargos executivos, mas nos deparamos com situações de perseguição pós-fim de relacionamento, desconfiança e um amor que cresce cada vez mais.

Não espere um show de atuações, pois, mesmo após dois filmes prévios, não houve uma evolução significativa, porém, pelo menos há um roteiro simples, mas aparentemente mais elaborado. Afinal, como o próprio título tenta enunciar, a proposta em tela é mostrar a liberdade que o casal finalmente precisava, aquela que se encontra em um relacionamento baseado em confiança.

“Cinquenta Tons de Liberdade” não será o melhor filme que você verá na sua vida, mas, muito provavelmente, será responsável por boas risadas que foram encaixadas em momentos apropriados. Acima de tudo, é uma produção que ri do próprio tema, tão difícil de trabalhar e ser aceito e que faz de Anastasia, em muitos momentos, a representação do que várias mulheres desejam: o controle, a possibilidade de ser feliz e bem sucedida, além de conquistar objetivos de vida que muitas vezes são inalcançáveis.

O longa pode surpreender se o espectador estiver disposto a assistir com um olhar menos tendencioso e mais adepto ao assunto proposto.

por Artur Francisco – especial para A Toupeira

Filed in: Cinema

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