Com direção de Elias Andreato, “A Última Sessão de Freud” tem nova temporada no Teatro Vivo

Crédito: João Caldas Filho

Depois de estrear no palco do Itaú Cultural, o espetáculo A Última Sessão de Freud, montagem dirigida por Elias Andreato para o texto do premiado autor americano Mark St. Germain, ganha uma nova temporada no Teatro Vivo..

Este instigante texto imagina um encontro fictício entre Sigmund Freud (Odilon Wagner), o pai da psicanálise, e o escritor, poeta e crítico literário C. S. Lewis (Claudio Fontana), dois intelectuais que influenciaram o pensamento científico filosófico da sociedade do século XX.

Durante esse diálogo, Sigmund Freud, crítico implacável da crença religiosa, e C.S. Lewis, renomado professor de Oxford, crítico literário, ex-ateu e influente defensor da fé baseada na razão, debatem, de forma apaixonada, o dilema entre ateísmo e crença em Deus.

O texto de Mark St. Germain é baseado no livro “Deus em Questão”, escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. – professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School. Freud quer entender porque um ex ateu, um brilhante intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras, “abandonar a verdade por uma mentira insidiosa” – tornando-se um cristão convicto.

No gabinete de Freud, na Inglaterra, eles conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.

O cenário assinado por Fábio Namatame reproduz o consultório onde Freud desenvolvia sua psicanálise e seus estudos. Ele estava exilado na Inglaterra depois de ter fugido da perseguição nazista na Áustria, em plena segunda guerra mundial, no ano de 1939.

Em uma entrevista sobre o espetáculo, o autor comenta: “A peça mostra um embate de ideias. Isso é uma armadilha, e eu não queria que o espetáculo se transformasse em um debate. Por isso, pelo bem da ação dramática, situei o encontro entre Freud e Lewis no dia em que a Inglaterra ingressou na Segunda Guerra Mundial. Então, são dois homens no limite, sabendo que Hitler poderia bombardear Londres a qualquer minuto”.

O diretor Elias Andreato optou por uma encenação que valorize a palavra, construindo as cenas de modo que o texto seja o protagonista e as ideias estejam à frente de qualquer linguagem.

“O Teatro é uma forma de arte onde os atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. É isso o que me interessa: despertar sentimentos e acreditar na força de se contar uma história. É muito prazeroso brincar de ser outro e viver a vida dessa pessoa em um cenário realista, com figurino de época, jogando com ficção e realidade”, comenta o diretor.

“Isso é a realização para qualquer artista de teatro. E é assim que defino essa experiencia de me debruçar sobre a obra teatral de Mark St. Germain: A Última Sessão de Freud. Depois de 25 anos de sessões de psicanálise, talvez seja necessário me deixar conduzir, cada vez mais, pela paixão que tenho por meu oficio: o Teatro. A minha profissão de fé. E crer: a arte sempre nos salva de todos os perigos”, completa.

Para Odilon Wagner a experiencia de interpretar Freud é fascinante: “Para um ator ter a oportunidade de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um privilégio. A construção desse personagem me fez vibrar desde a primeira leitura, foram meses estudando sua vida e personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano de vida desse grande gênio do século XX”, revela.

Serviço:

A Última Sessão de Freud

De 29 de abril a 26 de junho, às sextas-feiras, às 20h; aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 18h

Teatro Vivo

Avenida Dr. Chucri Zaidan, 2460 (antigo 860), Morumbi. São Paulo / SP

Capacidade: 274 lugares

Telefone: (11) 3279-1520

Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada)

Vendas online: pelo no site https://site.bileto.sympla.com.br/teatrovivo/

Horário da Bilheteria: abertura 2 horas antes do espetáculo e fechamento após o início do mesmo

Estacionamento no local (próprio cliente estaciona) – Valor: R$ 25

Classificação: 12 anos

Duração: 80 minutos

da Redação A Toupeira

Filed in: Teatro

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