Cinco Curiosidades sobre “Os Banshees de Inisherin”

A partir de quinta-feira, 02 de fevereiro, o público está convidado a conhecer Inisherin, a intrigante ilha fictícia de “Os Banshees de Inisherin”, novo filme dirigido pelo cineasta Martin McDonagh e estrelado por Colin Farrell e Brendan Gleeson que estreia nos cinemas.

Nesta pequena ilha na costa oeste da Irlanda, acontece uma história tragicômica, carregada pelas cores locais e amarrada por um grupo de personagens carismáticos que promete tocar o coração do público.

O longa, que marca o reencontro da dupla Farrell e Gleeson após a brilhante atuação na comédia de humor ácido “Na Mira do Chefe”, de 2008, vem marcando forte presença no circuito de premiações desde o final do ano passado.

Entre muitos prêmios, em setembro de 2022, Farrell conquistou o prêmio de Melhor Ator e McDonagh recebeu a estatueta de Melhor Roteiro no Festival Internacional de Cinema de Veneza.

Recentemente, o filme foi homenageado com três Globos de Ouro – Melhor Filme Comédia ou Musical, Melhor Roteiro para McDonagh e Melhor Ator de Comédia ou Musical para Farrell -, bem como dez indicações ao Bafta 2023 e nove indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original.

Confira abaixo cinco curiosidades sobre a trama e os personagens de “Os Banshees de Inisherin” para aproveitar ao máximo esta história.

UMA AMIZADE COMO CENTRO DA TRAMA

“Os Banshees de Inisherin” segue Pádraic (Farrell) e Colm (Gleeson), dois homens com personalidades distintas que têm uma amizade de anos, até que Colm abruptamente decide colocar um fim na relação.

“A história começa com uma porta sendo fechada sem um motivo aparente, e o rompimento desta relação traz sérias consequências”, explica Gleeson. Para Pádraic, a decisão de Colm é impossível de ser entendida.

Sua personalidade alegre e simples contrasta com o caráter sombrio e complexo de Colm, um homem de mentalidade sofisticada e muito respeitado na comunidade, com quem, apesar das diferenças, criou um vínculo estreito.

Confuso, Pádraic se esforça para reparar a relação, recusando-se a aceitar um não como resposta, mas suas repetidas tentativas apenas fortalecem a determinação de seu ex-amigo, e quando Colm lhe dá um ultimato, os acontecimentos começam a escalar a alturas incontroláveis, com consequências chocantes.

O RETORNO DE UMA DUPLA ICÔNICA

O diretor Martin McDonagh estava em busca de uma história que pudesse reunir na tela os irlandeses Farrell e Gleeson, dois atores que apresentaram uma química muito especial que conquistou o público em “Na Mira do Chefe”.

Desde então, os artistas mantêm uma estreita amizade fora das câmeras, e esse carinho e familiaridade estão evidentes em todas as cenas que dividem no novo filme. “Quando olhamos para eles, acreditamos completamente na história dos dois. Acreditamos que podem ter sido amigos durante muitos, muitos anos, o que torna tudo ainda mais triste”, comenta Graham Broadbent, produtor do longa-metragem e colaborador de longa data de McDonagh.

A GUERRA CIVIL IRLANDESA COMO PANO DE FUNDO

“Os Banshees de Inisherin” é ambientado em 1923, em plena guerra civil da Irlanda. Embora a pequena ilha de Inisherin pareça alheia ao que se passa no continente, com confrontos entre o Governo provisório pró-Tratado anglo-irlandês e a República Armada Irlandesa (IRA) antitratado, a tensão é sentida no outro lado do mar.

No entanto, o que acontece em Inisherin – a separação de Pádraic e Colm, e as crescentes divergências entre as outras pessoas da ilha – é um reflexo dos eventos do continente.

“É uma história em que uma pequena guerra está acontecendo entre dois amigos, enquanto uma guerra maior está acontecendo lá fora”, observa McDonagh.

SIOBHÁN: A VOZ MAIS SÁBIA DA ILHA

Outro personagem central da história é Siobhán (Kerry Condon), a irmã mais nova de Pádraic. Após a morte de seus país há quase oito anos, Siobhán e Pádraic vivem sob o mesmo teto e compartilhas todas suas experiências diárias.

“Siobhán sofreu muito, então há uma certa tristeza e solidão ao seu redor. Ela está presa. Pádraic a deixa um pouco louca, como todo irmão, mas ela é bastante maternal em relação a ele”, descreve Condon.

Siobhán é, talvez, a voz mais sábia da ilha. Ela está ciente das limitações desta comunidade e tem ambições que transcendem Inisherin, mas também sabe que Pádraic precisa dela.

OS HABITANTES DE INISHERIN SÃO A ALMA DA CIDADE

Junto com Pádraic, Colm e Siobhán, um pequeno grupo de personagem vive na ilha, sendo também afetado pelos acontecimentos que desencadearam a história. Por um lado, Dominic Kearney (Berry Keoghan), filho do policial da ilha, Peadar Kearney (Gary Lydon), está envolvido na trama.

Dominic não tem uma boa relação com seu pai, explica McDonagh: “É um relacionamento abusivo. A mãe desapareceu e não sabemos para onde ela foi. O policial não é nem de longe a pessoa mais legal do mundo. Então, Dominic carrega muita tristeza e temor”.

A cidade também é lar para Jonjo (Pat Shortt)¸que cuida do único bar da cidade, e seu melhor amigo Gerry (Jon Kenny), que praticamente mora lá. “Até certo ponto, ambos representam a comunidade da ilha na história. Vemos muito do humor e do horror presentes na trama através de seus olhos”, aponta McDonagh.

Completando este grupo de moradores da ilha, temos a Sra. McCormick (Sheila Flitton), uma anciã que observa e ouve tudo o que acontece ao seu redor. “Ela antecipa o que está prestes a acontecer e planta pequenas perguntas na mente do público. Ela também é muito inteligente, de um jeito um tanto sobrenatural”, explica Flitton.

Para McDonagh, o grupo de atores e atrizes que compõem o elenco de “Os Banshees de Inisherin” representa uma rede única de apoio criativo. Nos quatro filmes que fez junto com o produtor Graham Broadbent, ele usou repetidamente o mesmo grupo de atores, uma forma de fazer filmes inspirados em sua época no teatro.

Apoiado pelo trabalho destes grandes talentos, McDonagh espera ter criado personagens que o público nunca viu antes. “Eles vão se identificar com uns e discordar de outros”, observa o diretor ao concluir sobre o longa.

“O filme é divertido, mas eu também queria captar uma tristeza. Geralmente, os cineastas não tentam mandar os espectadores tristes para casa, mas isso faz parte: uma triste verdade sobre esta história, sobre a Irlanda da época e talvez sobre a vida”.

da Redação A Toupeira

Filed in: Cinema

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