Crítica: “As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras”

As Tartarugas Ninja Fora das Sombras pôster CríticaPegue quatro tartarugas, acrescente adolescência, mutação e habilidades em artes marciais e um tutor em forma de rato. Junte a isso uma grande paixão por pizzas. Essa é a inusitada receita seguida por Kevin Eastman, que, em 1984, criou a saga dos irmãos com nomes de pintores renascentistas.

Sucesso em diversas áreas (incluindo quadrinhos e televisão), em 2014 o quarteto ressurgiu repaginado e novamente deu as caras no cinema. Com o êxito alcançado, dois anos depois eles estão de volta numa nova – e melhorada aventura.

“As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras” (Teenage Mutant Ninja Turtles: Out of the Shadows) abraça a boa e velha fórmula de mostrar heróis que vivem na obscuridade com um drama de consciência e profundos questionamentos sobre o quanto deveriam se expor à sociedade que ajudam a proteger, mas que não cogita suas existências.

Mas isso não faz do filme uma obra profunda, que provocará reflexões por horas a fio. Ainda bem, pois afinal, o que os fãs de longa data – ou que conheceram os personagens há pouco tempo – querem é vê-los em ação, o que acontece na maior parte da trama.

O vilão da vez ainda é o famigerado Destruidor (Brian Tee), mas há espaço para novos rostos no time dos malvados: os capangas Bebop (Gary Anthony Williams) e Rocksteady (Stephen Farrelly), bandidos de inteligência questionável que foram transformados em javali e rinoceronte, respectivamente; e o alienígena Krang – cujo visual procura seguir o original visto nos desenhos – que assim como inúmeras outras criaturas de outros mundos enxerga no planeta Terra a oportunidade perfeita de dominação.

Pelo lado dos mocinhos, Megan Fox e Will Arnett repetem os papéis de April O’neil e Vernon Fenwick, mas se não decepcionam também pouco acrescentam. A novidade fica por conta de Casey Jones (Stephen Amell), policial que se torna grande aliado dos protagonistas.

A história é simples: Com a ameaça de invasão de planeta Terra, caberá a Michelangelo, Donatello, Leonardo e Raphael impedirem que os vilões tenham êxito – ainda que isso implique em agir “fora das sombras” como o título diz.

O destaque fica para o bom uso do 3D (coisa rara hoje em dia), que não só amplifica a profundidade, como convence nos momentos “coisas sendo arremessadas”. A boa notícia é que, se o visual das tartarugas continua não agradando a todos, depois de um tempo – e como já é o segundo filme dessa nova leva – fica mais fácil se acostumar com suas imagens na telona.

Outro êxito é a discussão sobre as diferenças nas personalidades de cada um. Com pensamentos e atitudes tão distintas, os irmãos terão que mostrar que é possível trabalhar em equipe para o bem maior e ainda assim manter-se firmes em suas convicções. E é justamente nesse momento que acontece uma das boas surpresas da história, envolvendo um dos protagonistas.

Ao acertar o tom com citações/referências para o público adulto (como uma música de Vanilla Ice tocada em certo momento) e piadas de fácil entendimento pelo público menor (protagonizadas principalmente por Bebop e Rocksteady) é muito provável que a Paramount Pictures tenha encontrado uma franquia que tem tudo para ser longeva no cinema.

Vale conferir!

por Angela Debellis

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