Crítica: “Deadpool”

Deadpool pôster crítica aÉ muito complicado definir o gênero de “Deadpool” (Deadpool). Seria uma – como algumas peças promocionais divulgaram – história de amor? Uma comédia com toques de aventura? Um drama com momentos cômicos? Apenas mais uma adaptação de quadrinhos para o cinema? Não sei. Mas uma coisa é certa: Não é um filme de super-herói (felizmente, o protagonista deixa isso bem claro mais de uma vez durante a exibição, ao dizer que ele “é super, mas que nunca será herói”).

Wade Wilson (Ryan Reynolds) é um matador de aluguel – entenda-se mercenário – que descobre ter câncer generalizado. Para não ver sua namorada – a ex-prostituta Vanessa (Morena Bacarin) – sofrer, resolve ir em busca de uma improvável cura, que acaba lhe dando super poderes (é óbvio que o mais interessante é um fator de cura/regeneração de causar inveja a qualquer mortal).

Porém, como nem tudo são flores, com os tais poderes também veio o fato dele ter ficado completamente desfigurado – o que o impede de confessar à namorada que não está morto. As próximas duas horas de projeção mostram um homem que corre atrás de quem o transformou, a fim de que sua aparência de galã seja reestabelecida.

Contando que, qualquer significado de herói implique em se sacrificar pelo bem de terceiros, mostrar coragem perante a dor do próximo, é impossível classificar o protagonista assim – uma vez que ele não faz absolutamente nada em prol de ninguém – a não ser ele próprio. E isso faz dele uma figura fora da curva, mas que, de alguma maneira, gera interesse.

O longa – assim como “Guardiões da Galáxia” – conta com uma trilha sonora maravilhosa, que deixa sua marca desde os créditos iniciais. Nomes como Juice Newton e Wham! ajudam a compor uma seleção de canções que de tão surpreendentes, acabam sendo perfeitas para as cenas em que são tocadas.

As referências estão por todos os lados e, em sua maioria são geniais (ponto para os roteiristas que souberam buscar conteúdo nos lugares mais distintos), mas boa parte deve se perder se os espectadores não tiverem contato anterior com o material de onde as piadas foram retiradas – ainda assim é possível se divertir bastante.

Ryan Reynolds, na busca incessante para “apagar” a participação em “Lanterna Verde” do seu currículo, acaba compondo um personagem que deve agradar a esmagadora maioria do público que estiver disposta a encarar cenas bastante violentas regadas a nudez escancarada, mas que pode encontrar certa resistência a quem está acostumado com a definição trivial de paladinos da justiça.

Se você está em busca de uma excelente comédia, ou se procura por um uma história, no mínimo, diferente, no que diz respeito a quadrinhos de heróis (sejam super, ou não), “Deadpool” é uma pedida certeira. Corra para os cinemas!

*Nossa mascote está impossível dentro da roupa justinha rubro-negra*

A Toupeira Deadpool texto

por Angela Debellis

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