Crítica: “O Bebê de Bridget Jones”

o-bebe-de-bridget-jones-poster-criticaIdade: 43. Trabalho Estável: 1. Casamentos: 0. Possíveis pais para a criança que está esperando: 2. Vexames Públicos: Precisamos mesmo falar disso?

Esse é um bem-humorado resumo da vida da incrível protagonista de “O Bebê de Bridget Jones” (Bridget Jones’s Baby), que retorna às telonas após 12 nos, neste, que é o terceiro filme da bem-sucedida franquia de comédias românticas.

Renée Zellweger mais uma vez dá vida à personagem, cuja história tem pontos completamente opostos. Encontrou sucesso na área profissional – trabalha como produtora de um programa de televisão – e conseguiu se manter no peso que considera ideal (além de ter parado de fumar). Tudo está indo bem, mas e quanto ao amor? Ah, esse sentimento que sempre esteve entre suas prioridades, continua lhe pregando peças – muito divertidas, diga-se de passagem!

Ao aceitar acompanhar uma colega de trabalho em um Festival de Música regado a álcool, drogas e falta de compromissos sérios, a nova saga da loira começa a tomar forma. É lá que conhece – e passa uma noite com – Jack Qwant (Patrick Dempsey), empresário bonitão que afirma ter encontrado na matemática, a lógica para o amor.

Se de um lado temos um novo “príncipe”, mais jovem, rico e aparentemente cheio de hormônios, do outro há aquele caso que pode até sair da cabeça, mas que nunca abandona por completo o coração. Prestes a se divorciar, Mark Darcy (Colin Firth) reencontra Bridget em um batizado e a recaída é inevitável.

O resultado desses improváveis encontros é uma gravidez não planejada, mas muito festejada pela protagonista, que acaba ganhando atenção e cuidados duplos dos candidatos a pai, o que significa situações que fazem a alegria do público, que continua gostando da proximidade criada desde o lançamento do primeiro filme em 2001.

São vários destaques positivos: a trilha sonora inspiradíssima, com diversos hits para todos os instantes; a participação curta, porém muito divertida do cantor Ed Sheeran; os amigos que se mantêm presentes, mesmo que cada um já tenha construído sua história pessoal; a opção por mostrar a modernização da trama – com o uso de tablete, smartphone – mas sem perder a essência de quem passou boa parte da vida sem essas comodidades da era digital.

Também valer dizer que Emma Thompson é responsável por grandes momentos. Em todas as cenas em há sua participação, o texto inteligente e a interpretação afinada formam uma dupla imbatível para produções desse gênero.

Sobre o mulherengo Daniel Cleaver, o retorno do personagem fundamental nos longas anteriores não foi possível por uma recusa do ator Hugh Grant. E a solução para tirá-lo da narrativa não só é surpreendente, como rende uma sequência bastante divertida, com nossa velha amiga mostrando que não perdeu a habilidade em lidar com o sarcasmo.

E depois de mais de uma década, chega-se à conclusão de que valeu a pena esperar para reencontrar Bridget.

por Angela Debellis

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