Crítica: “O Chamado 3”

Quando “O Chamado” estreou nos cinemas em 2002, confesso ter passado um bom tempo com certa aflição de atender ao telefone (se bem que isso é algo que me persegue desde sempre, então, a pequena Samara só veio amplificar).

Em 2005, quando a gente já tinha deixado a garota para trás, ela volta em “O Chamado 2” e coloca todo mundo alvoroçado de novo, achando que qualquer inocente ligação de telemarketing poderia esconder em seu texto as duas palavrinhas fatais “sete dias”.

12 anos se passaram, e eis que Samara Morgan (Bonnie Morgan) está de volta, mais flexível, moderna e antenada do que nunca, na produção dirigida por F. Javier Gutiérrez. Esqueça os videocassetes, as fitas VHS e os telefones fixos: em “O Chamado 3” (Rings), a maldade evoluiu na mesma velocidade que a tecnologia.

Se antes a cópia do temido vídeo era feita em VHS, agora ela tem a forma de um simples arquivo MP4, o que significa imensa facilidade para duplicar e assistir em qualquer plataforma (sim, pode ficar com medo: a protagonista sabe o número de seu telefone celular).

Depois de uma sequência inicial nitidamente pensada para a retomada da história em dias atuais, conhecemos o casal Julia (Matilda Anna Ingrid Lutz) e Holt (Alex Roe), adolescentes – sempre eles – que terão suas vidas viradas do avesso ao entrarem em contato com as já conhecidas cenas.

A novidade se dá pelo fato de, como já divulgado na sinopse oficial, haver “um filme dentro do filme”, o que significa que há mistérios inéditos envolvendo a história da assustadora menina de cabelos longos. Mas uma coisa permanece a mesma: o prazo para conseguir se livrar da maldição (lembra os tais “sete dias”? Pois é).

Dentro do que se propõe o longa até funciona, mas na minha opinião, muito do “charme” da trama se perdeu justamente por causa da modernidade a ela imposta. Esse fator mostra-se fundamental para o andamento do roteiro, mas admito gostar mais da época em que o perigo era “palpável” através de uma singela fita VHS.

O que me deixou bastante confusa foram as mudanças no que já havia sido mostrado sobre a vida de Samara, principalmente o destino de sua mãe biológica (a primeira que tentou matá-la ainda bebê). Para comprar a história desse novo capítulo da franquia, é preciso passar por cima de várias coisas vistas nos anteriores, o que nem sempre é uma boa ideia.

O destaque positivo fica para os últimos minutos, que, de maneira inesperada conseguiram uma coisa que naquele ponto já julgava impossível, uma vez que os sustos são item raro durante a exibição: surpreender-me. A sequência final tem uma reviravolta tão grande – e tão legal – que acaba fazendo valer a pena todo o resto.

por Angela Debellis

Filed in: Cinema

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