Quando tudo parece calmo e as coisas estão se encaminhando em um filme de herói, pode suspeitar que vem tempestade por aí. É o que vemos na nova aventura do deus do Trovão nas telonas.
Os eventos que compõem o roteiro de “Thor – O Mundo Sombrio” (Thor – The Dark World) acontecem após os vistos em “Os Vingadores” e, como uma grata surpresa, conseguem manter – e em certos momentos, até superar – a qualidade obtida na outra produção.
A tão pleiteada paz entre os Nove Reinos parece tangível, o filho legítimo de Odin mostra-se pronto para ocupar seu lugar no trono de Asgard, enquanto Loki agora é prisioneiro e paga por seus crimes em terras nórdicas e além.
Mas, nem tudo pode ser fácil assim e os problemas surgem com o despertar do líder de uma raça conhecida como os Elfos Negros, Malekith, que vê no alinhamento astral dos reinos, a chance de causar a maior destruição possível de uma só vez. Para tanto, o vilão precisa reaver o Éter, poderosa arma capaz de jogar todos os mundos na mais completa escuridão.
Como a Terra/Midgard – continua muito atrativa para qualquer tipo de alienígena, figura mítica, super-heróis, monstros e afins – adivinhe onde tal aparato está escondido? Pois é. E para inserir a mocinha Jane Foster na trama, é ela quem o encontra e que terá que prestar satisfações a seu maléfico detentor original.
Com claros avanços na qualidade em todos os aspectos, o longa mostra-se rico em detalhes. Asgard está mais bonita do que nunca e seu exército muito mais interessante, contando até mesmo com veículos voadores que lembram os barcos vikings tradicionais. Os efeitos surgem como um sempre bem-vindo acréscimo à estória e à trama sem si. Além disso, fatos inesperados que rendem belíssimas cenas, devem emocionar e surpreender boa parte do público.
Chris Hemsworth está muito confortável no papel e veste a armadura do herói com extrema competência. Mas, como já era de se esperar, novamente o irmão malvado do protagonista rouba a cena. Tom Hiddleston faz de seu Loki um dos maiores e mais aclamados vilões da Galeria Marvel, com o aval de um público que cria expectativas até mesmo para vê-lo em uma aventura própria.
Não saia antes do término dos créditos. Há uma interessante sequência adicional logo após o filme e outra cena bem mais curta apenas quando as últimas letrinhas sobem. Ambas valem a espera.
por Angela Debellis