Há personagens feitos para o sucesso. E atores que nascem para interpretá-los.
Por isso Hugh Jackman dá vida pela quarta vez a um dos ícones das HQs, em “X-Men Origens: Wolverine” (X-Men Origins: Wolverine), que estreia hoje, 30 de abril, em circuito nacional.
A trama, como o título indica, é focada na origem do mutante. Para quem leu a aclamada minissérie “Origem”, será fácil identificar o quão fiel é a sequência em que o jovem Logan (ainda chamado de James) desenvolve sua mutação com força máxima.
É nesse momento que ativa o sempre útil fator de cura e apresenta pela primeira vez, as famosas garras – que nesse ponto são extensões ósseas, sem a cobertura de Adamantium, acrescentada anos mais tarde pelo Projeto Arma X – numa das melhores cenas do longa.
Se nos quadrinhos o parentesco entre Wolverine e Dentes de Sabre era velado, aqui é nítido – os dois são irmãos por parte de pai. Suas participações em diversos momentos históricos de guerra e como a fúria de cada um acabou direcionada para lados opostos também são retratadas.
Conforme visto em outras produções, alguns fatos foram modificados – como a causa e o momento em que Logan perde e memória – mas nada que chegue a causar danos absolutamente irreparáveis à história.
Mesmo quando alguma coisa parece exagerada, como a aparição de diversos outros “mutantes coadjuvantes” (destaque para Gambit, esperado desde o início da franquia X-Men), tudo se justifica de alguma forma, ao pensarmos no tamanho do universo Marvel do qual o invocado mutante faz parte.
Wolverine é cheio de contradições: é a peça chave de um experimento de 500 milhões de dólares, mas declara em uma cena ter apenas 17 no bolso; Não tem lembranças do passado, mas é sempre um dos mais lembrados em pesquisas feitas com fãs.
Não espere beleza, armaduras douradas, equipamentos de última geração ou Lamborghinis prateados. Em 107 minutos, o filme é curto e grosso. Exatamente como a representação do melhor personagem dos quadrinhos (na minha opinião) deve ser.
Importante: Há duas cenas adicionais… Espere até o fim dos créditos. Vale a pena!
por Angela Debellis