Crédito: Iara Morselli
Aula de história e muita cantoria. Esses são os principais elementos da peça “São Paulo”, com Regina Braga, em cartaz no Teatro Itália Bandeirante, localizado no centro da capital paulista.
Aliás, para quem ama as loucuras e a correria de Sampa esse é o programa ideal, afinal de contas, a atriz destrincha o crescimento da metrópole desde o início, passando pela fundação, Semana de Arte Moderna e Revolução de 1932.
Acompanhada por músicos competentes e bastante afinados, a protagoniza dá as boas-vindas ao público com uma carta bem emocionante de Padre Anchieta, que descreve os Campos de Piratininga, primeira denominação do município de São Paulo. Depois, vai contando passagens do período imperial e do século 20.
Crédito: Roberto Sertton
O interessante é que, para cada momento histórico, sempre há reservada uma canção para descrevê-lo. Neste caso, vale destacar a banda presente no palco, que sempre entoa sambas bem ao estilo de Adoniran Barbosa e cânticos mais suaves, com ritmo lento e batida mais pausada.
Mas claro que o destaque maior fica por conta de Regina Braga. É cativante ver a emoção da atriz ao contar sua relação com a pauliceia desvairada e suas emoções vividas em sua trajetória como artista.
Crédito: Iara Morselli
Destaque para quando se lembra de grandes nomes da dramaturgia, como Paulo José, e bares típicos da cidade, nos quais se relacionou com pessoas importantes do teatro e da televisão.
Para quem curte e se identifica com a rotina puxada de São Paulo, a peça homônima ajuda a encarar o ritmo alucinante da capital de maneira mais leve e emocionante. Sem dúvida, um programa bem oportuno para os dias atuais.
Na reta final de sua temporada paulista, “São Paulo” segue em cartaz até 25 de setembro. Sessões: Sexta e sábado às 20h; domingo às 19h.
por Pedro Tritto – especial A Toupeira
