Direto da Toca: Estivemos na Coletiva de Imprensa de “Mãe!” com Darren Aronofsky

Crédito: Pedro Tritto

O diretor Darren Aronofsky está em São Paulo e participou, na tarde de hoje, da Coletiva de Imprensa de seu mais novo trabalho, “Mãe!”, que chega aos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, 21 de setembro – data em que você confere nossa Crítica Completa.

Segundo ele, o propósito do longa é associar a figura da mãe a de um “pequeno lar”, pois por mais que haja uma preocupação global com determinados acontecimentos, são aqueles que acontecem em nosso círculo de convivência mais íntimo, os que nos marcarão de fato.

Afirmou se colocar em tudo que faz, e que às vezes a preparação para conseguir contar o que se pretende pode levar anos. Com uma carreira de duas décadas, queria fazer algo diferente nesse filme, cujo roteiro inicial (de autoria dele) foi escrito em apenas cinco dias.

Crédito: Pedro Tritto

Ao se declarar otimista, mostrou profundidade ao dizer que a paixão por trás de cada filme é mostrar a tragédia através da tragédia antes de ver a luz, que ainda há esperança, pois não estamos no capítulo final da relação com a mãe natureza.

Quando questionado sobre fazer com que o público goste da obra ou fique impactado com o resultado, e a dificuldade em manter-se autoral ainda que trabalhando com grandes estúdios, Darren falou sobre a importância de se encontrar um equilíbrio em tudo. Que ter o apoio da indústria cinematográfica garante o acesso a um orçamento que possibilita a contratação de um bom elenco e que teve esse amparo para realizar “Mãe!”, o qual comparou com dar um soco em alguém: alguns gostarão, outros vão querer revidar.

Quanto à relação do roteiro com o feminismo, disse que isso foi de grande importância para que a protagonista / namorada Jeniffer Lawrence abraçasse o papel, por acreditar que tinha a ver com os ideais que defende e acredita na vida real.

Crédito: Mauricio Santana / Getty Images for Paramount Pictures

Assumindo as várias camadas através das quais a produção pode ser interpretada, o diretor caminhou por diversos assuntos, de ambientalismo à visão atual sobre política mundial e religião. Disse ter consciência de que este não é um produto fácil de vender, por não ter um gênero definido, e que não faz nada que se encaixe em um modelo pré-estabelecido à primeira vista – ainda que muitos tenham imaginado que seria um terror ou um thriller psicológico com base no material de divulgação previamente liberado para o público.

Sobre a parte mais difícil de ser feita, assegurou que foram os 30 minutos finais, por seu tom “enlouquecido”, algo que não tinha tentado antes. As sequências levaram 20 dias para serem concluídas e se tornaram um grande desafio para sua equipe que precisava mostrar a protagonista aterrada à realidade da casa ao mesmo tempo em que o mundo ruía à sua volta.

Para encerrar a entrevista, contou que apesar de tentar fazer tudo da forma mais realista possível, o longa contou com 1200 cenas que exigiram efeitos especiais – surpreendentemente mais dos que os vistos em outro trabalho seu, “Noé”. E que a decisão de se usar um número maior do que o usual de closes, deu-se pela intenção de transportar o espectador para dentro da cabeça da personagem de Jennifer Lawrence, para lhe dar a sensação de estar em seu lugar durante as pouco mais de duas horas de duração do filme.

por Angela Debellis

Filed in: Cinema, Direto da Toca

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