Direto da Toca: Primeiras impressões sobre o jogo “Naheulbeuk Dungeon Master”

O universo fantasia Naheulbeuk já existe há anos em outras mídias, produto do autor francês John Long, que o criou para um programa de rádio que satirizava histórias de fantasia medieval.

O primeiro jogo nessa realidade fantástica foi lançado na Steam em 2020. The Dungeon Of Naheulbeuk The Amulet Of Chaos é um rpg tático onde você enfrentava masmorras com personagens e situações caricaturais inspiradas nos modelos frequentes usados em sagas de fantasia.

Naheulbeuk Dungeon Master inverte a situação. Aqui você é Reivax, o meio-goblin assistente do mago maligno Zangdar, que está reformando um antigo castelo para dominar o mundo. Porém, a situação é mais complicada do que parece.

É preciso contratar guerreiros, tesoureiros para administrar o tesouro, cozinheiros para alimentar suas tropas, entre outros, assim como construir os alojamentos adequados às necessidades de cada profissão e a cada linhagem. Elfos precisam de limpeza, orks são estritamente carnívoros, anões não dormem com outras espécies, e por aí vai.

A ideia não é a construção e manutenção de um exército, mas sim de um palácio das trevas completo, que funciona similar a uma cidade autônoma de fantasia medieval sombria e cômica.

Uma das formas de conseguir dinheiro é justamente eliminando heróis, para isso seu local deve estar enfeitado o suficiente, a fim de atrair aventureiros incautos ao mesmo tempo em que suas defesas precisam estar fortes para derrotar e pilhar as ondas de heróis.

A arquitetura do local deve ser observada com cuidado. Cada cômodo novo construído deve ter o espaço adequado para seus trabalhadores e para realizar upgrades, sendo que o espaço do castelo é limitado e as paredes iniciais são da estrutura de sustentação, então não podem ser demolidas ao bel prazer, mas analisadas com calma para o posicionamento de suas estruturas.

À medida que seus objetivos são atingidos, novos tipos de acomodações, recrutas, armadilhas e mesmo níveis adicionais do castelo são liberados, evoluindo a complexidade do jogo e sempre dando a impressão de quem tem algo novo para experimentar.

Tudo isso temperado pelas cômicas discussões entre os vilões e seus aliados sobre quais são as necessidades do palácio. É , especialmente engraçado quando Reviax precisa convencer seu mestre a não entrar em surto por causa dos problemas burocráticos e administrativos que colidem diretamente com sua ambição de ser o maior vilão do mundo.

Para enriquecer mais o gameplay, os trabalhadores não são apenas números em um fluxograma, cada um tem seu salário, habilidades, desejos e críticas, sendo possível segui-los e ver o que estão fazendo no castelo.

Talvez você tenha soldados demais desocupados e precise criar mais salas de distração, os cozinheiros estejam sobrecarregados e precisando de mais alguém na cozinha, ou alguém esteja apenas reclamando por aí, sem trabalhar, e precise ser mandado embora.

Estar atento à situação dos seus “minions” ajuda a entender quais pontos da estrutura precisam de melhoria e por onde o dinheiro está escoando.

Para quem gosta de jogos de administração de cidade ou curte fantasia medieval de estratégia e gostaria de algo diferente, fica a recomendação de Naheulbeuk Dungeon Master.

por Luiz Cecanecchia – especial para A Toupeira

Filed in: De tudo um pouco, Direto da Toca

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