A exposição “Mandela, Ícone Mundial de Reconciliação”, que estreia no Centro Cultural São Paulo (CCSP) no dia 10 de julho, busca apresentar ao público aspectos menos conhecidos de sua vida.
Mandela fugiu de um casamento arranjado e de uma posição de destaque em uma sociedade tradicional para perseguir um futuro político em um ambiente ocidentalizado. Ele estudou Artes e Direito e, na juventude, corria longas distâncias e praticava boxe.
Essas e outras narrativas estão presentes nos 50 painéis fotográficos da exposição, trazida ao país pelo Instituto Brasil África (IBRAF) em parceria exclusiva com a Nelson Mandela Foundation, entidade criada por Mandela em Joanesburgo, na África do Sul. A mostra itinerante estreou em maio em Brasília e seguirá por outras cidades brasileiras até 2025.
“Na exposição, é possível observar não apenas uma faceta de Mandela, mas várias. Madiba era muitos, por vezes uma figura controversa, e o que a exposição nos mostra é que ele era, acima de tudo, uma pessoa normal, com defeitos, assim como eu e você”, afirma o professor João Bosco Monte, fundador e presidente do Instituto Brasil África.
Em cartaz até 30 de agosto na Praça das Bibliotecas, a mostra é gratuita e inclui programação formativa. Além de visitas guiadas por monitores, haverá uma ação especial no dia 18 de julho, data em que se celebra o Dia Internacional Nelson Mandela (Mandela Day).
De acordo com o curador da exposição, o sul-africano Christopher Till, o momento é mais do que oportuno para celebrar Mandela. “Esta data foi instituída pela Organização das Nações Unidas em 2009 e promove a ideia de que cada pessoa tem o poder de transformar o mundo e fazer a diferença. Para mim, este é o principal legado deixado por Madiba”.
A parceria do IBRAF com a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo na realização do projeto da exposição se estende a outras pastas, como a Secretaria Municipal de Educação, a Secretaria Municipal de Relações Internacionais e a Coordenação de Promoção da Igualdade Racial por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.
“O ensino da história dos povos afro-brasileiros e africanos na educação básica no Brasil ainda é incipiente. É urgente proporcionar mais espaços para a reflexão sobre esse tema entre a juventude. Ao debater Mandela, abrimos espaço para dialogar sobre outros ícones formadores de nossas raízes”, conclui o professor João Bosco Monte.
Serviço:
Exposição: Mandela, Ícone Mundial de Reconciliação
De 10 de julho a 30 de agosto. De Terça a sexta, das 10h às 20h. Sábado e domingo, das 10h às 18h.
Centro Cultural São Paulo
Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade – Praça das Bibliotecas. São Paulo / SP
Entrada gratuita, classificação livre
Informações: (85) 3268-2010 / (11) 3397-4002
da Redação A Toupeira