Exposição traz livros raros da Coleção Ema Klabin

Créditos: Nelson Kon/ Arquivo Casa Museu Ema Klabin

Ao longo de sua vida, Ema Klabin reuniu uma biblioteca com mais de 3.500 volumes. Como bibliófila, adquiriu, a partir do final da década de 1940, mais de 300 livros raros, entre manuscritos, incunábulos (livros produzidos até 1500), edições aldinas, relatos de viajantes, primeiras edições, edições de luxo e livros ilustrados por artistas.

De 15 de julho a 15 de outubro, a Casa Museu Ema Klabin, no Jardim Europa, em São Paulo, promove a exposição A palavra impressa, 1492 – 1671: Livros raros da Biblioteca Ema Klabin que pela primeira vez apresenta parte dos livros raros da coleção.

“Apresentaremos 20 volumes que correspondem aos dois primeiros séculos de produção do livro impresso, incluindo manuscritos, livros de horas, incunábulos e edições aldinas, assim como as valiosas primeiras edições de Platão (1513), Dante (1502) e Tucídides (1502), além do grande Atlas de Blaeu (1648-1655), entre outros, ressaltando o impacto que essas obras tiveram na nossa forma de compreender o mundo e as consequências – positivas ou negativas – que o livro impresso teve na história”, informa o curador, Paulo de Freitas Costa.

Crédito: Arquivo da Coleção Ema Klabin

Livros de horas

Os livros de horas eram os livros mais comuns na Idade Média. Tinham este nome porque traziam as orações que deviam ser realizadas em determinadas horas do dia. O público poderá ver dois livros de horas criados entre 1490 e 1509, sendo um manuscrito em latim e o outro já um livro impresso em francês, ambos em pergaminho.

Primeiras edições

A exposição traz ainda dois incunábulos sobre a história de Florença, por Leonardo Aretino e Poggio Bracciolini (1492), e as comédias do autor romano Terêncio (1499), com duas primeiras edições em grego impressas em Veneza por Aldo Manúcio, um dos primeiros mestres do design tipográfico: a História da Guerra do Peloponeso, de Tucídides (1502), e as obras completas de Platão em grego (1513).

Relatos de navegantes

Também serão apresentados dois volumes do grande Atlas de Blaeu de 1655, destacando as diferenças na forma de registrar países da Europa em relação às regiões da América, África e Ásia, junto com cinco relatos de navegadores e viajantes, incluindo as obras de André Thevet (1561), Ulrich Schmidel (1599), Linschoten (1619), Pierre Moreau (1651) e Montanus (1671).

“Esses primeiros registros do Novo Mundo têm muito a revelar em sua iconografia e na descrição distorcida dos povos originários, que ainda influenciam nosso pensamento”, explica o curador Paulo Costa.

A exposição contará, ainda, com uma projeção de vídeo contendo imagens variadas de cada livro e trechos selecionados. Uma programação de palestras e atividades educativas também procurará expandir as reflexões que podem ser desenvolvidas a partir da exposição.

CinEma no Cine Segall

Em parceria com o Museu Lasar Segall, a casa museu promoverá a primeira edição da mostra CinEma. Sob o título “De Gutenberg a Zuckerberg”, a mostra trará, nos meses de agosto e setembro, filmes e documentários que abordam o poder das mais diversas mídias ao longo da história, começando com O Nome da rosa (Jean-Jacques Annaud, 1986).

Serviço:

Exposição: A palavra impressa, 1492 – 1671: Livros raros da Biblioteca Ema Klabin

De 15 de julho a 15 de outubro

Visitação livre: De quarta a domingo, das 11h às 17h, com permanência até às 18h. Visitas mediadas: Quarta, quinta e sexta às 11h, 14h, 15h e 16h. Sábado e domingo às 14h

Casa Museu Ema Klabin

Rua Portugal, 43 – Jardim Europa. São Paulo / SP

Entrada franca – Como em todos os eventos gratuitos promovidos pelo local, solicita-se a quem aprecia a Casa Museu Ema Klabin e pode contribuir para a manutenção das atividades a apoiar com uma doação

da Redação A Toupeira

Filed in: Livros, Saia da Toca

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