Romance policial expõe marcas de um crime brutal que atravessa gerações

Créditos: Divulgação / Délio Galvão

No bairro do Leblon, nos anos 1980, a morte repentina de um garoto impacta os moradores de um condomínio de classe média alta. O caso esconde os segredos de outros residentes, e o episódio acompanhará os envolvidos até a vida adulta. É a partir dessa premissa que o escritor Délio Galvão elabora o romance “Selva de Pedra”, uma narrativa policial ambientada na zona sul do Rio de Janeiro.

Na trama, o detetive Augusto Pessanha é incumbido de investigar uma tragédia: um menino morre ao cair de um prédio próximo ao condomínio Selva de Pedra, perto da Lagoa Rodrigo de Freitas e da praia do Leblon. Entre as últimas pessoas que o viram vivo estão os jovens Paulo César, Ricardo, Alexandre, Silvio, Elizabeth e Fernanda. Mas alguns deles utilizarão de privilégios inerentes de suas classes sociais para mascarar seus verdadeiros envolvimentos.

Apesar das suspeitas iniciais, Pessanha tem evidências que descartam a possibilidade de acidente ou suicídio. À medida que a investigação avança, segredos sobre a vítima e pessoas próximas são revelados, criando uma teia de personagens conectados por chantagem, violência e mentiras. As consequências do caso vão extrapolar os limites do Selva de Pedra e atravessar mais de duas décadas no tempo.

Talvez as outras famílias do prédio fossem esquecer rapidamente o que viram ali, naquela tarde. Elas voltariam para suas TVs e para os últimos capítulos da novela, como se nada tivesse acontecido. Mas Pessanha decidira que não deixaria isso acontecer.— Sabe do que mais, Jota? Os pais daquele garoto merecem saber o que aconteceu na entrada daquela cobertura. E é isso que vou dizer ao delegado Florêncio. Quero ir a fundo nessa história.

(Selva de Pedra, pág. 30)

Dividido em duas partes, o livro permite que o leitor acompanhe a trama logo após a queda do adolescente e também 20 anos depois do ocorrido, quando o grupo de amigos do condomínio já está na vida adulta. Em ambos os recortes temporais, o principal cenário da história é o Leblon, cartão-postal da cidade.

Do mesmo modo detalhado que descreve seus personagens, o autor apresenta pontos conhecidos do bairro, como o próprio condomínio que dá nome ao livro, a praça Antero de Quental e a Avenida Delfim Moreira.

Endossado por Raphael Montes, autor de “Dias Perfeitos” e “Bom dia, Verônica”, o lançamento é o primeiro romance policial de Délio Galvão, que já havia publicado contos em antologias do gênero.

Com elementos tradicionais de narrativas policiais em um cenário tipicamente carioca, o escritor apresenta uma trama repleta de reviravoltas e escândalos, perfeita para os fãs de história de crime e mistério.

“Neste romance de estreia, Délio teve a habilidade de construir uma teia pela qual os personagens passeiam com desenvoltura, numa escrita direta, muito próxima do dia a dia. O livro narra uma saborosa trama policial que se passa nas ruas, nos prédios, nos bares e na paria do Leblon, que eu adoro”, declara Raphael Montes, autor de “Dias Perfeitos” e “Bom Dia, Verônica”.

Ficha Técnica:

Título: Selva de Pedra

Autora: Délio Galvão

Editora: Viseu

ISBN: 978-65-254-9681-8

Formato: 16×23 cm

Páginas: 330

Preço: R$ 59,90

Onde comprar: Amazon

da Redação A Toupeira

Filed in: Livros

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