Sob a direção de Alê McHaddo, a produção brasileira “Bugigangue no Espaço” chega bastante disposta a agradar um público cada vez mais exigente hoje em dia: os fãs de animação. Particularmente, eu acho que gostar de verdade desse gênero é perceber que há espaço para os mais diversos roteiros, dos mais simples aos mais elaborados e que é possível divertir-se com a grande maioria deles.
A narrativa tem como base um grupo de amigos (a tal “Bugigangue” do título) que se vê em meio a uma inesperada aventura junto a simpáticos alienígenas chamados Invas (curiosidade: a voz de todos os sete etezinhos é feita pelo mesmo dublador, Guilherme Briggs). Os pequeninos seres espaciais que caem em nosso planeta estão em busca de ajuda para evitar que o perigoso vilão Gana Golber (voz de Luiz Carlos Persy) domine a galáxia após tirar à força os líderes da Confederação dos Planetas do poder – pode ser clichê, mas ainda funciona bem.
As crianças ajudarão os Invas a consertar sua nave para seguir em sua missão em troca de uma providencial “ajudinha” num trabalho de ciências sobre o sistema solar que foi acidentalmente destruído pela gangue. Preste atenção ao tipo de combustível usado pela nave – que é uma das piadas mais legais da produção!
O lado mais funcional da animação está no fato de fazer bom uso de referências a outras produções (do gênero ficção como “Star Wars”, passando pela inusitada série cômica “Chaves”). São participações muito rápidas, mas que quando percebidas conseguem arrancar sorrisos dos espectadores.
A melhor (e mais longa) referência se dá justamente com duas criaturas do folclore nacional: O famigerado ET de Varginha que ganha ares de fazendeiro de Minas Gerais e o Chupa Cabra que deixa de ser um monstro assustador para se tornar uma espécie de cachorro! (muito simpático, por sinal).
O elenco de vozes conta com nomes como Danilo Gentili (Gustavinho), Maisa Silva (Fefa), Rogerio Morgado (Bola) e Charles Emmanuel (Francesco).
Vale conferir!
por Angela Debellis
