“Dafne”, o drama italiano dirigido por Federico Bondi narra a história de Dafne (Carolina Raspanti), uma jovem carismática, trabalhadora e vaidosa, portadora da Síndrome de Down. Ela tem uma relação muito especial com a mãe Maria, interpretada por Stefania Casini. Contudo, é a partir da perda da mãe que ela precisa se fortalecer e encontrar a melhor forma de seguir sua jornada.
Já Luigi (Antonio Piovanelli), pai de Dafne, não está superando a morte da esposa e não consegue se relacionar plenamente com a filha. Acaba deprimido, exagerando em bebidas alcoólicas, abandonando o emprego e vivendo em constante melancolia.
A protagonista, apesar do sofrimento inicial, retorna ao trabalho, mantém a vida social, sai com amigos e planeja se mudar. No entanto, tem uma ideia para ajudar o pai no processo de aceitação e o convence a embarcar em uma caminhada para visitar o túmulo de sua mãe.
O longa é uma história de amor, de salvação e dedicação, embora o roteiro não tenha nenhum tipo de diálogo complexo ou filosófico sobre, isso fica subentendido na forma com que Dafne se doa a Luigi. Apesar disso algumas partes são monótonas.
Também são discutidas questões como a capacidade de pessoas com a síndrome, a aceitação dos pais ao receberem o diagnóstico, entre outras questões sociais. O que é de extrema importância, considerando que ainda há um preconceito latente disseminado na sociedade sobre as infinitas possibilidades de desenvolvimento dos portadores.
Vencedor do Prêmio da Crítica na Mostra Panorama da última edição do Festival de Berlim, “Dafne” é uma boa opção para se ver em família.
por Carla Mendes – especial para A Toupeira
