Fomos convidados pela Paramount Pictures para assistir, em primeira mão, a três cenas de “Projeto Gemini” (Gemini Man), novo trabalho do astro Will Smith. O longa conta com uma inovadora tecnologia que promete impressionar os espectadores quando chegar aos cinemas em 10 de outubro (data de estreia no Brasil).
A trama nos apresenta Henry Brogan (vivido por Will Smith, atualmente com 50 anos) e uma versão mais jovem chamada Junior, definida como um clone de 23 anos do protagonista. A novidade fica para o fato de esse personagem ter sido criado de maneira 100% digital, não havendo uso de nenhuma técnica de rejuvenescimento facial (já vista em diversos filmes com o intuito de promover cenas passadas em anos anteriores aos da narrativa corrente).
A qualidade das imagens impressiona logo de cara. Exibido com o recurso de um novo 3D, agora chamado de 3D+ em HFR (High Frame Rate), o filme ganha em cores e detalhamento de texturas, assim como cria uma profundidade que, de tão funcional, a princípio me deixou um pouco tonta – mas é fácil acostumar-se com ela rapidamente.
Após a exibição das cenas, conferimos o vídeo de uma entrevista concedida por Will Smith (protagonista do filme), Ang Lee (que está à frente da direção) e Jerry Bruckheimer (produtor). O trio foi unânime em afirmar sua empolgação com o resultado alcançado.
O roteiro começou a ser pensado há cerca de 25 anos, mas não tinha saído do papel pela impossibilidade de realizá-lo de maneira eficaz pela falta de tecnologia para a criação do personagem mais jovem, coisa que na atualidade já é possível de ser feita com muita capacidade, conforme vimos nos minutos que nos foram apresentados.
Para se ter uma vaga noção do que esperar, basta dizer que as produções a que assistimos são gravadas em 24 quadros por segundo e “Projeto Gemini” foi concebido com 120 quadros por segundo, o que significa, conforme o próprio trio declarou, que coisas que normalmente são até mesmo “escondidas” com esse tipo de filmagem tradicional, acaba ganhando um destaque ainda mais impressionante com o aumento do número de quadros captados por segundo.
Por isso, Will Smith foi elogiado não só por sua atuação – que implicou em agir como dois personagens distintos e completamente diferentes – mas pela coragem e ousadia em passar por todas as inéditas etapas que compuseram o planejamento de gravação.
Em pouco mais de um mês será possível conferir a promissora produção nos cinemas brasileiros e nossa crítica completa estará no ar na data de estreia, 10 de outubro.
por Angela Debellis