Crítica: “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”

Batman vs Superman Pôster CríticaDesde o anúncio de Ben Affleck como o novo rosto de um dos heróis mais icônicos dos quadrinhos, “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” (Batman v Superman: Dawn of Justice) deixou de ser apenas a sequência de “O Homem de Aço” para se tornar alvo de dúvidas não só dos fãs das HQ’s, mas de grande parte do público em geral, que colocou em xeque a decisão da Warner e a capacidade do ator para herdar o manto do Homem Morcego (uma vez que a interpretação de Christian Bale na “Trilogia Nolan” marcou época).

Alguns anos e muita expectativa depois, o filme chega com a missão de provar que a escolha do elenco para viver personagens tão celebrados foi acertada. E o que se vê? Felizmente, muito mais acertos do que equívocos.

Sob a direção de Zack Snyder, Ben Affleck está longe de ser o desastre completo que muitos imaginavam, assim como ainda não é o rosto definitivo do Cavaleiro de Gotham. Henry Cavill parece mais à vontade no uniforme de Superman, assim como Gal Gadot que, em sua estreia como Mulher-Maravilha, veste a roupa de guerreira amazona e mostra que há possibilidades bem interessantes por vir. Já Jeremy Irons entrega uma atuação perfeita como o sempre querido/sarcástico/fiel mordomo Alfred Pennyworth.

Talvez o maior “senão” seja para a nova versão de Lex Luthor – a hiperativa interpretação de Jesse Eisenberg pode incomodar em alguns momentos. Além disso, sua escolha para o papel é a mais questionável (uma vez que sua idade não condiz com a que seria ideal para o personagem no momento em que a ação se passa).

Dito isso, vamos ao filme: A primeira coisa que se vê é uma bem didática (mas nunca desnecessária) introdução de Bruce Wayne ao universo atual da DC nas telonas. Só após isso que a ação realmente começa, mostrando como estão as coisas após dois anos do embate entre Superman e General Zod.

A amplamente divulgada rixa entre os protagonistas é explorada durante toda a narrativa, mas não espere por pancadaria gratuita do início ao fim. O enredo prima por cenas com muito diálogo e sequências com ritmo mais lento, mas também quando é para ter ação, segure-se nas cadeiras!

Apesar da espera por um público expressivo, como já é padrão em produções do gênero, é provável que os que acompanham os quadrinhos tenham uma sensação diferente do que aqueles que conhecem apenas o apresentado no cinema. Há inúmeras referências, sempre inseridas de maneira eficiente / surpreendente, que deverão arrancar aplausos de muitos e levar às lágrimas os fãs mais sensíveis. Vale prestar atenção em cada detalhe e frase.

Se assistir ao filme em uma sala IMAX é mesmo uma experiência incrível, com sua tela master e som impecável, o mesmo não se pode dizer do 3D (o que não chega a ser uma novidade, visto que a maioria dos longas não apresenta nada que seja de fato interessante nesse quesito).

Enfim, após 2h33, o que resta é um misto de alívio – por ver o bom resultado de algo há muito esperado – e expectativa. Com um final em aberto (óbvio para quem tem como objetivo dar andamento à franquia), tudo depende da bilheteria que será alcançada. As apostas são altas, assim como o desejo pelo reencontro futuro com os heróis.

Descobrimos a origem da justiça. Fica a torcida por sua continuidade nas telonas.

por Angela Debellis

*Nossa Mascote não conseguiu escolher um lado e abraçou a possibilidade de usar os uniformes dos dois heróis!*

A Toupeira Superman

A Toupeira Batman

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