Mesmo sendo constantemente esnobado pelos veículos especializados e academias de permeações artísticas em várias linguagens diferentes, o terror esteve presente como expressão artística, desde mídias mais antigas como a literatura, até meios de comunicação mais recentes como o cinema e o vídeo game. Sempre que uma forma de arte surge, alguém se propõe a utilizar aquele veiculo para contar uma história assustadora.
Por conta de sua penetração artística, o terror encontra admiradores nos mais variados meios e para celebrar todos os amantes desse gênero marginalizado acontece a Horror Expo, um evento focado exclusivamente nos fãs de terror e fantasia, que gostam da estética, das músicas, da arte e dos produtos que o gênero é capaz de produzir.
Em sua terceira edição, a Horror Expo mais uma vez foi sediada no pavilhão Pro Magno Centro de Eventos. O local amplo conseguiu comportar bem as atrações propostas e mesmo tais interações sendo completamente diferentes entre si, ainda assim toda disposição do espaço ficou organizado e intuitivo.
Também houve um espaço separado para uma área medieval, com direito a lojas de produtos relacionados à Idade Média Europeia, prática de Arquearia, artistas focados em obras inspiradas por fantasia medieval e uma mesa de RPG na qual acontecia uma partida ao vivo durante o evento. A fantasia medieval e o terror se mesclam com perfeição e o investimento em uma área focada nesse gênero foi assertiva por parte da organização do evento.
Entre as atrações apresentadas nessa edição, algumas eram interativas, como dois pockets escapes games e uma experiência de Apocalipse Zumbi extremamente bem ambientada dentro de um labirinto. Tais interações eram gratuitas, porém era necessário encarar uma fila para curtir a experiência.
As atrações em si compensavam sua simplicidade com muita criatividade, com destaque ao labirinto que fazia os visitantes se sentirem em uma cena saída diretamente do game “Resident Evil 2”. A única ressalva era o fato do som que vinha do palco atrapalhar um pouco a imersão, principalmente no Escape, porém nada que invalide ou tire o brilho do trabalho apresentado.
Os estandes estavam bem localizados, espaçados e apresentavam uma boa variedade de produtos relacionados a terror, com livros, histórias em quadrinhos, filmes, alimentação temática, acessórios e roupas da cultura gótica.
Algo que merece ser exaltado foi a quantidade considerável de autores e quadrinistas independentes apresentando seu trabalho no evento, afinal são justamente os artistas independentes, seja de cinema ou de quadrinhos, que lutaram durante anos para manter o gênero vivo, mesmo sob ataque de moralistas.
As atrações nos palcos também foram um prato cheio para aos fãs, com palestras de grandes nomes do terror, tanto nacional quanto internacional. No palco principal aconteceram apresentações musicais de bandas que eventualmente agradam aqueles que gostam do horror.
Em linhas gerais, o evento foi muito bem organizado e, mesmo se focando somente no universo do terror e horror, a organização conseguiu trazer variedade e qualidade nas atrações apresentadas. Que o crescimento exponencial apresentado pela edição desse ano da Horror Expo continue a acontecer em 2025.
Crédito das fotos: Marcel Melinsk. Acompanhe a Cobertura Fotográfica em nosso perfil no Instagram.
por Marcel Melinsk – especial para A Toupeira.
