Ao contrário da maioria dos personagens de produções do gênero terror (cinematográficas, literárias ou televisivas), não é raro encontrar fãs que conseguem chegar a soluções (às vezes bem óbvias) para executar fugas bem-sucedidas e escapar dos antagonistas – sejam sobrenaturais, serial-killers humanos ou algo do tipo.
A verdade é que isso acontece porque estamos bem confortáveis em frente às telas / páginas e o perigo não é real. Porque quando nos vemos de frente com os vilões – ainda que fictícios – a coisa fica bem mais complicada…
Essa é a proposta de “Noites Macabras”, evento que acontece no Wet’n Wild, em Itupeva / SP, e que celebra os 25 anos do Parque Aquático. Nós fomos, junto a parceiros do CFNotícias, Monstros e Aventuras e Expressão On Line, participar das emoções proporcionadas pela ativação que, dessa vez, têm como tema “Obscuro – Artefatos Malditos”.
Assim que as atrações regulares (aquáticas) do parque se fecham, é hora de ir para o estacionamento do local e se colocar diante de perigosas criaturas, entre as quais, freiras, monstros, personagens de aclamados filmes / jogos e, principalmente, demônios.
Depois de transitar entre o público, como que fazendo um convite para vivenciar o terror, parte dos profissionais sobe em um palco para encenar uma história que faz um resumo da trama pensada para essa 7ª edição, com direito a várias coreografias e músicas das paradas atuais.
É chegado o momento de conseguir seus registros da atração, com as criaturas se aproximando até o limite dos visitantes, mas sem nunca tocar em ninguém – uma via de mão dupla, já que também não é permitido interagir fisicamente com os (as) atores (atrizes).
Mas, o melhor ainda está por vir e acontece com a entrada na chamada “A Floresta”, onde estão montados diversos cenários – incluindo um Santuário – que colocam o público dentro da narrativa. A proibição de se usar flash durante o percurso aumenta a imersão, afinal, sob a escuridão da noite, elementos reais se misturam com cenográficos e provocam sustos (que eu julgava improváveis, até estar lá).
De volta ao palco, e após “sobreviver” ao labirinto, os visitantes acompanham o encerramento da atração, que se dá em forma de mais alguns números musicais coreografados. Tudo isso, no período de duas horas – das 18h às 20h.
“Noites Macabras” cumpre a promessa de imersão de maneira bem satisfatória. As maquiagens / próteses são convincentes, assim como a atuação do elenco, em especial do ator que dá vida ao demônio Obscuro do título, com quem é possível tirar fotos ótimas, depois de fazer uma reverência à criatura monstruosa.
O único problema é a falta de uma organização efetiva para limitar o acesso do público na área da Floresta. Sem nenhum tipo de orientação para formar filas (indicando a entrada de pequenos grupos por vez), uma grande massa de pessoas acaba se formando e, passado um tempo, a aglomeração (junto ao calor intenso) começa a incomodar.
O mesmo desconforto pode ser sentido no balcão do Snack Bar, onde é vendido o “Combo Macabro” (batata frita, refrigerante e hambúrguer no pão preto). Vale dizer que também há uma opção vegana no cardápio regular do estabelecimento.
Importante: Ao entrar no ambiente da Floresta, caso você queira desistir de completar o percurso, há algumas opções de saída (muito bem assinaladas) no decorrer do caminho.
Ainda dá tempo de conferir as “Noites Macabras” com as apresentações derradeiras que acontecem entre 28 e 30 de setembro. Para mais informações e compra de ingressos, clique aqui.
Crédito das fotos: Clóvis Furlanetto.
por Angela Debellis